Call of Dut: Black Ops 7 foi "bloqueado" em um dos planos do Xbox Game Pass
Por Gabriel Cavalheiro • Editado por Jones Oliveira |

O novo preço do Xbox Game Pass Ultimate, cotado em R$ 119,99/mês aqui no Brasil, não é a única polêmica em relação ao serviço. A Microsoft também anunciou que jogos da franquia Call of Duty — incluindo Black Ops 7, que chega ao serviço em 14 de novembro — não estarão disponíveis no Xbox Game Pass Premium em nenhum momento.
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Para quem não acompanhou, a Microsoft mudou o nome do Xbox Game Pass Standard para Premium, assim como da tier Core. O plano permitirá o acesso a “novos jogos publicados pelo Xbox Game Studios dentro de um ano após o lançamento (exceto títulos Call of Duty)”, informou a companhia nesta quarta-feira (1º).
Sendo assim, jogos do Xbox Game Studios estarão disponíveis no Xbox Game Pass Premium após um ano de seu lançamento, mas a regra não se aplica a Call of Duty: Black Ops 7.
Para jogar o próximo CoD no Xbox Game Pass no dia do lançamento, ou qualquer outro título da série, será preciso assinar o plano Ultimate por R$ 119,99/mês, o que também vale para os futuros jogos da franquia.
Dessa forma, a Microsoft estaria pressionando os jogadores a assinarem a versão mais cara do Game Pass para poder jogar um título first-party. Vale notar que Call of Duty pode não ser o único jogo restrito aos planos mais básicos futuramente, já que a Microsoft não definiu critérios para manter seus jogos apenas na tier Ultimate.
Preço do Xbox Game Pass dispara antes de grandes lançamentos
Essa mudança abrupta nos preços e na forma como o Xbox Game Pass funciona acontece no mês em que a marca teria sua melhor line-up de jogos do ano, incluindo Keeper, Ninja Gaiden 4 e The Outer Worlds 2, além do próprio Call of Duty: Black Ops 7, que chega em novembro.
Outro ponto que torna a decisão da Microsoft ainda mais problemática é o timing: as mudanças foram anunciadas pouco antes do lançamento do ROG Xbox Ally — o PC portátil feito em parceria entre Xbox e ASUS — e após milhares de pessoas já terem feito a pré-venda do dispositivo. Muitas delas, possivelmente, tinham a intenção de aproveitar o Xbox Game Pass no aparelho, que agora ficou mais caro.
Microsoft dá cada vez menos motivos para comprar um Xbox
Se antes não tínhamos tantos motivos para adquirir um Xbox, por conta da estratégia multiplataforma da marca, agora a necessidade de ter um hardware da Microsoft em casa é quase zero.
O principal diferencial da marca até o momento era seu serviço por assinatura, cuja mensalidade agora se aproxima de um terço do valor de um lançamento AAA.
Imagine-se na seguinte situação: no Xbox, assim como em outras plataformas, é necessária uma assinatura para jogar online, que seria algum nível do Game Pass — nem que seja o mais básico (conhecido agora como Essential, que está saindo por R$ 43,90).
Então, você compra uma cópia de Call of Duty: Black Ops 7 por R$ 349,90 na Microsoft Store. Depois de três meses, seus gastos com o jogo, sem contar as microtransações, iriam para, no mínimo, R$ 480,70, mais caro do que comprar o jogo no PC.
Se você optar por jogar via Xbox Game Pass Ultimate, depois de três meses, o valor pago seria em torno de R$ 360, ou seja, maior que o preço do jogo no PC (que seria seu para sempre).
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