Nova era na EA deve ter muitas demissões e uso excessivo de IA
Por Gabriel Cavalheiro • Editado por Jones Oliveira |

Nesta segunda-feira (30), a Electronic Arts foi adquirida pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita e pelas companhias Silver Lake e Affinity Partners.
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A transação de US$ 55 bilhões foi a segunda maior da indústria de games, atrás apenas da compra da Activision Blizzard pela Microsoft, finalizada em 2023 por cerca de US$ 70 bilhões. Agora, parece que os primeiros passos da nova era da EA foram revelados: o foco será em IA generativa.
Os novos proprietários da produtora pretendem usar inteligência artificial para impulsionar os lucros da EA nos próximos anos, segundo uma reportagem do jornal Financial Times. A estratégia permitirá que os proprietários “administrem uma grande dívida em uma empresa que historicamente possuía um endividamento líquido limitado”.
Como resultado da transação, a Electronic Arts irá passar de uma empresa de capital aberto para capital fechado. O então CEO da EA, Andrew Wilson, continuará no comando da companhia. É esperado que a transação seja concluída no primeiro trimestre do ano fiscal de 2027.
Rumo da EA incerto?
Apesar de revelar um pouco dos planos para a Electronic Arts, as empresas envolvidas na aquisição não se pronunciaram sobre como irão usar IA para aumentar os lucros da produtora americana.
Inteligência artificial nos videogames é um tema extremamente delicado na indústria, um setor ligado à economia criativa, e sofre resistência tanto de desenvolvedores quanto de jogadores.
A última grande empreitada envolvendo IA e o mercado de games foi quando a Microsoft anunciou a demissão de mais de 9 mil colaboradores em julho deste ano, afetando a divisão de games Xbox de forma severa. Alguns rumores e reportagens apontaram que os cortes foram relacionados ao investimento em infraestrutura de IA.
A King, subsidiária da Microsoft, foi uma das mais afetadas pelas demissões. Foi relatado que ex-funcionários do estúdio treinaram IAs para serem substituídos posteriormente pelas ferramentas. A desenvolvedora estaria sendo obrigada a usar IA, segundo relatos.
Voltando à Electronic Arts, ainda não se sabe qual o verdadeiro impacto da aquisição, transação que normalmente antecede cortes para todos os lados, incluindo demissões em massa e até fechamento de subsidiárias.
Até o fechamento da compra, a EA seguirá operando normalmente e continuará trabalhando em seus projetos, como o Battlefield 6, que parece ter agradado a muitos jogadores, e o recém-lançado EA Sports FC 26.
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Fonte: Insider Gaming