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Análise | Assassin's Creed III Remastered está mais belo e envelheceu bem

Por| 08 de Abril de 2019 às 13h47

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Felipe Ribeiro
Felipe Ribeiro
Tudo sobre Ubisoft

A Ubisoft parece ter pegado o jeito de fazer versões remasterizadas de seus jogos. Depois de relançar todos os episódios protagonizados por Ezio Auditore, com Assassin's Creed: Ezio's Collection (que reúne Assassin's Creed II, Brotherhood e Revelations) e por Shay Patrick Cormac, com Assassin's Creed: Rogue Remastered, agora chegou a vez de Connor Kenway, em meio à Revolução Americana, com Assassin's Creed III Remastered.

O relançamento não conta apenas com o jogo-base de 2013. A Ubisoft também colocou no pacote as três DLCs relacionadas ao game: Bendict Arnolds Missions, Hidden Secrets Pack e Tyranny of King Washington, além do spin-off Assassin's Creed: Liberation, que também foi remasterizado. O game foi preparado para rodar em 4K no Xbox One X e no PS4 Pro, e em 1080p nas versões tradicionais dos consoles, com o aditivo do HDR para os aparelhos compatíveis.

Melhoras sensíveis

Com pouco tempo de jogo, dá para perceber o trabalho magnífico que a equipe da Ubisoft Montreal fez com essa remasterização. O visual do game está deslumbrante, com texturas aprimoradas, melhor fluidez e efeitos de luzes muito superiores aos apresentados na versão original. Graças à mágica da retrocompatibilidade do jogo original para Xbox 360 rodando no Xbox One, pudemos comparar o que o game traz mesmo de novidade, que é justamente essa melhoria gráfica.

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O jogo, como falamos acima, roda em 4K nativos no Xbox One X, chega muito próximo disso no PS4 Pro e não faz feio nas versões tradicionais tanto do console da Sony como da Microsoft. Já na versão original, o One X executa algumas correções devido ao seu alto poderio, mas não chega a ser gritante a melhora.

No entanto, o que mais chama a atenção são as melhoras na precisão dos comandos. Durante os testes com a versão remasterizada e depois traçando um paralelo com o game original, ficou bem claro que a Ubisoft fez um polimento em sua engine. As ações no jogo acontecem de maneira muito mais natural, sem os engasgos percebidos na versão de 2013.

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Por mais que seja um game em mundo aberto, AC III não te dá toda a liberdade que vemos hoje, por exemplo, em Assassin's Creed: Odyssey. Em termos comparativos justos, o mapa de Assassin's Creed III é apenas 1,5 vez maior do que Assassin's Creed: Brotherhood, o maior até aquele momento. Você pode escalar, executar NPCs à vontade, mas tudo tem um preço, claro.

A navegação nos menus e organização do equipamento de Kenway permanecem os mesmos com relação à versão original, também rodando de maneira mais fluida. Os tempos de loading também são ínfimos, tanto na versão remasterizada quanto na original, mas muito, claro, por causa do Xbox One X.

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É remaster, mas vamos falar um pouco do enredo?

Os fatos de Assassin's Creed III se passam logo após Assassin's Creed: Revelations, quando Desmond Miles chega próximo de descobrir uma maneira de entrar no Grande Templo, local onde, segundo a história, a primeira civilização que habitou nosso planeta se concentrava.

Ao entrar no Animus, ele volta a ser Connor Kenway, e o jogador passará os próximos 30 anos na vida deste meio britânico, meio índio em meio à Revolução Americana. A guerra entre os Assassinos e os Templários passa a ser a América e vemos inúmeros personagens marcantes da história norte-americana como George Washington, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, Israel Putnam, Marquês de La Fayette, John Pitcairn, William Prescott, Friedrich Wilhelm von Steuben e Charles Lee.

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Diferentemente de Ezio e Altair, Connor é muito mais impetuoso e agressivo. Isso pode ser explicado justamente pelo período em que o jogo se passa. A Revolução Americana é um dos capítulos mais controversos da história mundial justamente por ser o nascimento de uma potência, uma rebelião forjada com o propósito de expulsar a metrópole de sua colônia. E, em meio a tudo isso, o Assassino precisa encarar seus inimigos milenares.

Algo que também foi diferenciado na época do lançamento e que merece destaque mesmo nos dias de hoje é a maneira como Assassin's Creed III trabalhou bem com a questão do presente. É, talvez, o jogo da franquia com maior transposição de tempo. Desmond, voltando ao presente, se mostra extremamente necessário para o andamento do enredo.

Vale a pena revisitar?

Para os amantes da franquia Assassins Creed, jogar AC III em uma versão muito mais bonita do que a original trará, certamente, um divertimento mais qualificado. Para quem não tem muita intimidade com os Assassinos e os Templários, começar a experimentar essa série talvez seja a melhor pedida, muito embora a cronologia com Ezio seja mais atrativa em termos históricos.

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Assassin's Creed III Remastered está disponível para PC, PlayStation 4 e Xbox One. No Canaltech, o jogo foi analisado no Xbox One X com cópia gentilmente cedida pela Ubisoft.