Review Redmi AirDots S | Os fones baratinhos da Xiaomi com modo gamer
Por Jucyber | Editado por Léo Müller | 27 de Agosto de 2021 às 12h00
A Xiaomi cresceu rápido dentro e fora do Brasil por entregar dispositivos com bom custo-benefício. Os fones Redmi AirDots S são um exemplo desse propósito da empresa chinesa, fincando na categoria de acessórios que custam até R$ 100.
Lançados em 2020, esses aparelhos têm como principal destaque o “modo gamer”, que permite uma experiência mais atrativa nos jogos, já que a empresa promete que não acontecerão atrasos durante a jogatina.
Mas será que a presença desse recurso é um diferencial bom o suficiente para comprar esses fones em 2021? Confira na análise completa.
Prós
- Modo gamer;
- Preço baixo;
- Bom encaixe nos ouvidos.
Contras
- Instabilidades na conexão;
- Capa para recarga sem indicadores de energia;
- Entrada micro USB na capa.
Confira o preço atual dos Redmi AirDots S
Design e construção
À primeira vista, é fácil confundir Redmi AirDots S com o primeiro AirDots. Isso porque o corpo dele não possui nenhuma alteração em relação ao antecessor.
- Dimensões: 2,6 x 1,6 x 2,1 cm (cada fone); 5 x 3 x 2,5 cm (estojo);
- Peso: 4,1g (cada fone); 35,4g (estojo);
Com estojo de carregamento em formato oval, a Xiaomi escolheu manter o ímã na ponta para que o movimento de abertura e fechamento ficasse mais fácil para o usuário no dia a dia, mesmo utilizando apenas uma mão.
Além disso, esse formato magnético ajuda a prevenir a entrada de poeira, porque a presença dessa substância nos conectores poderia impedir a recarga correta dos fones. De cada lado, o case do AirDots S possui dois pinos para encaixe nos fones, que cabem perfeitamente na proteção que também os recarrega.
Um ponto negativo desse acessório é o fato de não ter LEDs para indicar o nível de carga que ela possui, e isso atrapalha o usuário no dia a dia, pois essa informação ajudaria a saber qual é o momento de recarregar o estojo.
Quando o aparelho está conectado a um carregador, no entanto, é possível ver um indicador luminoso vermelho que só se apaga quando a carga chega em 100%.
O carregamento é feito através de uma porta micro USB na traseira. Particularmente, eu preferiria uma entrada USB-C, mas somente os fones mais premium contavam com essa opção de conexão quando os AirDots S foram lançados.
Como já foi dito, os fones não possuem diferenças físicas em relação aos antecessores. O corpo continua construído em plástico e com 3 opções de borracha de isolamento para que o usuário escolha a que melhor se encaixa no seu ouvido.
A parte externa dos AirDots S traz um botão multifuncional e uma luz indicativa para mostrar quando os acessórios estão ligados, em pareamento ou recarregando. E por falar em recarga, cada lado tem dois conectores para encaixar os fones na capa e fazer a transferência de energia.
Apesar do design parecer simples, os Redmi AirDots S são muito confortáveis para quem fica por horas com os fones no ouvido. Eu costumo ficar ouvindo músicas enquanto trabalho e o fato de não ter fios me dá o conforto necessário para ser ágil para levantar e ir em outro local sem me preocupar com cabos.
Qualidade do áudio
Após alguns dias ouvindo músicas no Spotify, seja pelo notebook ou celular, notei que os AirDots S não receberam muitas melhorias em relação ao primeiro modelo da linha. Ainda existe um incômodo ao colocar os fones no volume máximo, pois um chiado começa a incomodar.
Porém, com o volume em 50% a experiência é quase a mesma alcançada nos AirDots originais. Em músicas com sons mais graves, não existe uma exploração dessa frequência, o que deixa a sonoridade bem mediana.
Não existem exageros nos agudos para compensar a falta de graves, mostrando que o modelo da Xiaomi tem um som bem “chapado”. Com isso, o perfil do aparelho acaba puxando mais para os médios, sem destacar nenhum dos tons para dar uma característica especial aos fones.
Esse formato de som dos Redmi AirDots S agrada mais quem ouve músicas dos gêneros Pop, Indie Pop e Reggaeton. Então, a escolha por esses fones varia de acordo com o gosto musical de cada um.
Eu gosto de ouvir bastante Gospel, Rock, Jazz e Clássica, então eu senti falta de um pouco mais de grave e agudos quando eu sei que eles são explorados nessas músicas. Porém, ao ouvir canções em Pop, foi notório que esse gênero e outros semelhantes são ideais para os AirDots S.
Um dos diferenciais dessa versão é a presença do “modo gamer”, acionado ao clicar 3 vezes no botão multitarefas. Esse recurso reduz a latência dos AirDots S e isso permite que os jogos sejam executados sem atrasos.
No momento de atirar, jogar bombas ou aplicar golpes, é notório que o movimento é realizado no mesmo momento em que o som é executado no ouvido, algo que não acontece quando o recurso está desativado.
Outra vantagem desse modo é que o atraso não influencia apenas nas jogatinas, mas também ao ver filmes e séries. Enquanto assistia “Once Upon a Time” no Disney+, percebi que a função ajudava a sincronizar melhor o áudio com a gesticulação do personagem.
Bateria e conectividade
A segunda novidade dos Redmi AirDots S está relacionada com a conectividade dos fones ao Bluetooth. O modelo antecessor se conectava no formato principal+secundário, em que apenas o lado direito era identificado no dispositivo e “fazia a ponte” para o esquerdo ser pareado. Isso causava atrasos no som e deixava a experiência de uso ruim.
Porém, nesta versão o problema foi solucionado com a conectividade simultânea em que os dois lados são pareados em simultâneo. Isso representa uma evolução bem-vinda para os fones TWS.
Seja no celular, tablet ou PC, os AirDots S se conectam rapidamente. Dessa forma, a experiência é cíclica em qualquer dispositivo e dá ao usuário a oportunidade de utilizar no equipamento que for mais confortável.
Porém, é importante destacar que esses fones não podem ser usados simultaneamente em diversos aparelhos. Sendo assim, existe a necessidade de desconectar de um produto para conectar em outro. Caso isso não seja feito, aparecerá uma mensagem de erro na conexão.
Algo que me incomodou bastante em diversos momentos foi a instabilidade do pareamento, pois a conexão picotou em várias situações, seja ouvindo música ou assistindo a séries com o smartphone ao meu lado.
Esse tipo de instabilidade é esperado quando a distância do equipamento conectado é superior à 10 metros, e não com o aparelho próximo. Isso demonstra que os AirDots S herdaram o visual e alguns problemas dos AirDots.
A Xiaomi promete que a bateria dos AirDots S durará até 4 horas com uma única carga. Porém, em nossos testes os fones mostraram que podem ir além disso, variando de acordo com o comportamento de uso.
Utilizando com o volume sempre em 50%, a bateria deles durou 4 horas e 10 minutos. Entretanto, se eu estivesse ouvindo em volumes mais baixos, provavelmente ultrapassaria a média descrita pela fabricante.
O estojo permite um total de três recargas aos fones, possibilitando o uso por um total de 12 horas, assim como é descrito pela empresa.
Ficha técnica
- • Dimensões: 2,6 x 1,6 x 2,1 cm (cada fone); 5 x 3 x 2,5 cm (estojo);
- • Peso: 4,1g (cada fone); 35,4g (estojo);
- • Impedância: 32 Ohms;
- • Resposta de Frequência: 20hz - 20.000hz;
- • Conexão – micro USB;
- • Bateria: 40 mAh (cada fone); 300 mAh (estojo);
- • Bluetooth: 5.0
Concorrentes diretos
O principal concorrente dos Redmi AirDots S é o Haylou GT1 Plus. Apesar de ambos serem fabricados por subsidiárias da Xiaomi, o equipamento da Haylou é superior em qualidade sonora e autonomia de bateria.
Enquanto os AirDots S duram em média 4 horas por carga, o Haylou GT1 Plus consegue até 6 horas de autonomia, o que garante ao usuário mais tempo de uso dos fones de ouvido Bluetooth.
Porém, isso se reflete diretamente no preço cobrado por cada um, pois o GT1 Plus custa um pouco a mais do que o AirDots S.
Apesar de ambos serem vendidos no Brasil por menos de R$ 100, a popularidade da linha Redmi pode fazer diferença no momento da escolha.
Entretanto, considerando tudo que o Haylou GT1 Plus é capaz de entregar, é bom considerar experimentar a marca alternativa, já que ambas pertencem ao “time laranja”.
Conclusão
Apesar do visual ser reciclado, o Redmi AirDots S recebeu boas melhorias em relação ao antecessor, principalmente no que diz respeito ao formato de conectividade com os dispositivos.
O modo gamer é um grande diferencial para esta categoria de fones bons e baratos, o que pode chamar a atenção de quem gosta da linha de fones TWS da Xiaomi e deseja um produto para reprodução de áudio em baixa latência.
A qualidade do som foi mantida no formato do antecessor, bem como alguns problemas no corte da conectividade. O que pode decepcionar os usuários mais exigentes. Independentemente do preço, a Xiaomi deveria ter se atentado mais a esse detalhe para mostrar uma evolução maior.
Além disso, já existem modelos melhores da linha AirDots à venda, como o AirDots 2, que está em uma faixa de preço bem próxima e traz upgrades na qualidade sonora. Por este motivo, não faz mais sentido comprar os AirDots S em 2021.
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