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Razer Tiamat 7.1 V2 proporciona imersão única em jogos a preço de ouro [Análise]

Por| 18 de Janeiro de 2018 às 14h26

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Tudo sobre Razer

Muita gente torce o nariz quando ouve falar da Razer, seja por não curtir a proposta de design dos produtos da empresa ou, na maioria das vezes, pelos preços cobrados por ela no Brasil. Apesar disso, temos que dar o braço a torcer e reconhecer quando a fabricante acerta em cheio e entrega exatamente aquilo que prometeu. E esse é o caso do Razer Tiamat 7.1 V2, headset high-end que promete áudio em oito canais de verdade.

É isso mesmo, a Razer conseguiu enfiar cinco drivers de áudio com ímãs de neodímio em cada fone de ouvido do Tiamat 7.1 V2 - e eles não são pouca coisa, não. Estamos falando de um subwoofer de 40mm, dois drivers frontais e centrais de 30 mm e drivers laterais e traseiros de 20mm posicionados estrategicamente para fazer com que você se sinta numa sala equipada com um home theater surround 7.1 capaz de oferecer uma boa noção espacial com um excelente direcionamento de som.

Fora os drivers de alta qualidade, outra característica que ajuda o jogador a entrar de cabeça nos games são os almofadados dos fones. Feitas em couro, eles não só são extremamente confortáveis como também proporcionam um isolamento acústico acima da média - é o fim das suas brigas com aquele cachorro do vizinho que não para de latir.

Na prática, a união de todas essas características resulta em uma vantagem sobre os oponentes em títulos que oferecem opções de áudio 7.1, mais notadamente os de tiro em primeira pessoa. Em uma partida de PlayerUnknow's Battlegrounds, por exemplo, é possível saber exatamente de onde um tiro foi disparado e reagir quase que instintivamente a qualquer indício de aproximação do inimigo, já que é possível ouvir tanto de onde ele vem quanto a sua distância.

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Além dos games

Embora o público-alvo do Tiamat 7.1 V2 seja claramente o gamer, o headset se sai muito bem também em tarefas do cotidiano. Aqui no Canaltech usamos o headset por vários dias e horas a fio, ouvimos os mais variados tipos de música no Spotify, passando por MPB, eletrônica, rap, rock e heavy metal, e ele foi muito competente em todos os testes.

Um contratempo que percebemos é que, devido às proporções agigantadas do subwoofer, os graves costumam se sobrepor aos agudos em algumas ocasiões. Apesar disso, é possível resolver o problema ajustando os volumes de cada canal individualmente na unidade de controle de áudio que acompanha o headset.

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Inclusive, essa unidade de controle oferece bastante praticidade para quem está jogando e precisa executar qualquer ajuste. O dial serve tanto para ajustar o volume quanto para deixar o fone no mudo - bastando pressioná-la. Já o knob, na parte de cima, serve para selecionar qual canal você quer ajustar o volume, se quer ajustar todos igualmente ou apenas o do microfone (falaremos dele mais adiante). Por fim, os três botões inferiores permitem dar mute no microfone, mudar a passagem de áudio do fone para um sistema de som externo conectado e ativar o som surround 7.1 ou estéreo.

Em outras palavras, tudo que você precisa para ajustar o som do seu Tiamat 7.1 V2 está a poucos centímetros de distância, na sua mesa, sem que você tenha de ficar tateando em busca de um controlador pendurado próximo ao seu ombro. Facinho, facinho.

Construção

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A qualidade sonora do produto é indiscutível e mostra que a Razer investiu pesado em algo que realmente entrega aquilo que promete. Mas tantos drivers e recursos como os apresentados aqui não vêm sem um efeito colateral: o Tiamat 7.1 V2 é demasiadamente grande, mesmo se comparado a outros headsets da categoria.

A começar pelos fones em si, que são verdadeiras caixas de som penduradas à uma armação resistente e flexível que mistura metal e plástico. Some isso ao tamanho da unidade de controle de som, que parece um daqueles roteadores mais baratinhos que encontramos no mercado, e é praticamente impossível transportar o headset por aí sem ser dentro de uma mochila grande.

Apesar de toda essa ignorância, a Razer conseguiu fazer o Tiamat 7.1 V2 ser bonito. Os drivers ficam à mostra através de uma cobertura de acrílico e são iluminados pelo Razer Chroma. Quem não curte o carnaval de luz pode usar as tampas extras, pretas, que vêm na caixa para cobrir o acrílico e conferir um ar mais sóbrio ao equipamento.

Normalmente um trambolho desse tamanho passa a noção de desconforto, mas não é isso o que acontece aqui. O headset da Razer tem peso bem distribuído e o clamping é bem tranquilo, não machucando nem quem tem de usar óculos. Os fones over the ear, por sua vez, são generosos e cobrem bem orelhas grandes. Apesar de serem de couro, as almofadas não esquentam e não fazem suar. O mesmo vale para a alça de ajuste superior, que, apesar de ser fixa, é elástica, revestida com couro e bem acolchoada.

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No meio de toda essa estrutura, o microfone fica escondidinho recolhido acima do fone esquerdo. Quando você quiser usá-lo, basta abrir e posicioná-lo da melhor maneira para capturar a sua voz. Sua estrutura também é flexível, o que significa que você pode entortá-lo a vontade, e não importa quanto barulho esteja fazendo ao seu redor, ele dá um jeitinho de eliminar por ser unidirecional. O áudio capturado é limpo, mas peca por ser baixo demais, mesmo quando colocamos o volume no máximo.

O cabo com 3m de comprimento também chama a atenção por ser de fibra trançada e acomodar cinco cabos de áudio P2 e um USB (certifique-se de que sua placa oferece suporte a multicanais). Graças a isso, a Razer elimina aquele terrível emaranhado de fios de sistemas surround e apresenta um cabo de meio centímetro de espessura e que dificilmente vai enrolar.

Mas e aí, vale a pena?

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O Tiamat 7.1 V2 é bonito, manda uma sonzeira daquelas e entrega uma imersão sem igual ao público gamer, mas o que todo mundo quer saber é quanto que custa essa brincadeira e se ele vale a pena. E é justamente nesse quesito que o headset da Razer tropeça e escorrega feio.

Veja bem, quando falamos de produtos Razer sempre devemos preparar o bolso, e com este headset a história não é diferente. O Tiamat 7.1 V2 é encontrado no varejo nacional por cerca de R$ 1.250 - um valor proibitivo para a maioria dos jogadores. A frustração com a etiqueta pode ficar ainda maior se levarmos em conta o valor dele no exterior: a partir de US$ 180, cerca de R$ 580 numa conversão direta, sem impostos.

Outro fator que pesa contra o headset é que existem opções topo de linha tão boas quanto ele e que, embora não tenham oito canais reais, custam pouco mais da metade do preço pedido pela Razer - é o caso do Kraken Chroma, da mesma fabricante, que custa cerca de R$ 600.

Posto todos esses aspectos, temos de dizer que o Tiamat 7.1 V2 é um headset excelente e entrega tudo aquilo que promete. Ele não só é bem construído e bonito como também traz especificações técnicas de primeira para atender aos jogadores mais exigentes. O problema é que quem quiser encarar uma compra dessas terá de enxergá-la como um investimento, sobretudo se quiser enveredar pelos eSports e tiver preferência pela marca. Quem tem bolsos profundos também não verá problemas em comprar o headset. Mas, fora essas duas situações, o preço absurdo pesa, faz lágrimas escorrerem dos olhos e a carteira gritar pedindo socorro.

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* O Razer Tiamat 7.1 V2 foi gentilmente emprestado pela Razer para esta análise no Canaltech.