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JBL Tour One M3: o monstro da JBL que estragou outros fones para mim

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Gabriel Furlan Batista/Canaltech
Gabriel Furlan Batista/Canaltech

O JBL Tour One M3 é a mais nova aposta da empresa para o segmento de fones de ouvido premium, e chegou ao mercado brasileiro com uma difícil tarefa: substituir o bem-sucedido Tour One M2.

Com design supra-auricular — ou seja, com conchas que cobrem toda a orelha —, ele tem uma estrutura bem confortável, ao passo que mantém a construção premium da linha. Eu testei esse fone de ouvido pelo último mês no trabalho, em casa e na rua, e agora conto porque ele foi o primeiro fone de ouvido que me fez pensar em trocar o meu intra-auricular. 

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Preferência por fone intra-auricular 

Apesar de não ser audiófilo, eu sempre prezei por uma boa qualidade sonora ao escolher qual fone de ouvido usar. E, mesmo os modelos supra-auriculares marcando presença entre os melhores fones, eu sempre preferi o conforto e a praticidade de modelos intra-auriculares, ou seja, com ponteiras de silicone que entram completamente no canal auditivo. 

E olha que eu já usei muitos fones supra-auriculares, incluindo o incrível Sony WH-1000XM05 — que uso bastante na redação do Canaltech para me concentrar melhor nos textos. Mas sempre acabo voltando para os TWS “comuns”.

E o JBL Tour One M3 foi o primeiro que me fez pensar em mudar de formato: adotar o supra-auricular em minha rotina, seja no trabalho, em casa ou na rua. 

Entre os aspectos que mais me agradaram estão o conforto oferecido pelas espumas bem macias, o cancelamento de ruído bem eficiente — que usa 4 microfones em cada concha para isolar o barulho externo — e a construção premium do vestível, que passa uma boa sensação de resistência e longevidade. 

Áudio 

Não dá para recomendar um fone de ouvido apenas pelo conforto ou praticidade oferecido. Afinal, a qualidade de áudio ainda é o principal aspecto avaliado. E o JBL Tour One M3 me agradou em todos os aspectos. 

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Ouvir Pink Floyd, por exemplo, com estes fones de ouvido se tornou uma experiência ainda mais curiosa. Como se a banda, por si só, já não oferecesse uma sensação psicodélica, o M3 elevou ainda mais essa percepção. 

Os clássicos do grupo, como “Hey You”, “Brain Damage”, “Wish You Were Here” e “Shine on You Crazy Diamond” me passaram uma sensação de relaxamento extasiante bem além do que eu esperava. 

Mas, para quem espera uma análise além de “sentimento”, dá para cravar alguns aspectos práticos do fone de ouvido: seus graves são bem fortes, acentuados — característica já marcante não só na linha premium da JBL, como em outros fones de ouvido. 

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Mas aqui, naturalmente, eles ficam mais evidentes, graças aos drivers de 40 mm e à equalização padrão da marca que reforça as frequências mais baixas. 

As demais frequências também são bem tratadas no acessório. Os agudos são bem cristalinos, e isso fica bem evidenciado nos sons do prato da bateria, que soam nítidos em qualquer música, especialmente metal, como “Painkiller”, do Judas Priest. 

É importante destacar que essas características são referentes à equalização padrão do fone, mas o aplicativo “JBL Headphones” ainda permite customizar as frequências para ter uma sonoridade mais personalizada com o seu gosto. 

Bateria de longa duração 

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A bateria do JBL Tour One M3 é outro aspecto positivo do fone de ouvido. A marca promete até 70 horas de duração com o ANC desligado e 40 horas com a função ativada. Aqui, essa estimativa se provou bem certeira, ou até melhor. 

Quando fui testar a bateria do fone (para ter números mais precisos), eu usei o acessório por quase sete horas e não foi consumido nem 10% da carga com ANC desligado. Eu até liguei por alguns minutos, para forçar uma descarga mais rápida, mas ainda assim a bateria continuou em 100%.

Apenas no segundo teste, que coloquei o volume no máximo e ativei o ANC que tive um retorno, e o consumo foi de pouco mais de 10% após seis horas de uso. Assim, estima-se que a bateria dure aproximadamente 60 horas nesse cenário — acima da marca estimada pela JBL. 

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Mas, um ponto que me incomodou um pouco: o alerta de consumo de bateria não é preciso, e só mostra quanto foi gasto de 10% em 10%. Isso dificulta na hora de saber a porcentagem exata, ao mesmo tempo em que atrapalha testes mais precisos como esse. 

Ainda assim, não dá para negar que, apesar disso, a bateria do fone é excelente. Sete horas de reprodução com volume médio não consumir nem 10% é uma marca excelente. 

JBL Smart Tx

O JBL Smart Tx é um acessório que me deixou divido durante os primeiros dias, mas que me conquistou quando eu descobri sua real utilidade. 

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Trata-se de uma pequena telinha que permite controlar as funções do fone de ouvido sem precisar pegar o celular. Dá para trocar de música, controlar o volume, ativar ou desativar o ANC, ver o nível de bateria, etc. 

Nos primeiros usos, eu considerei apenas essa utilidade e, para mim, isso é apenas ok. É legal nos primeiros dias, mas depois acaba sendo mais prático andar só com o celular.

Mas sua real utilidade é bem mais prática que isso: ele serve como um “dongle” para conectar o fone de ouvido à dispositivos sem fio e sem depender do Bluetooth. 

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Assim, dá para conectar no computador, por exemplo, sem precisar ir às configurações do Windows ou Mac para parear: basta conectar o Smart Tx via USB-C e começar a reproduzir. 

O acessório torna-se ainda mais útil durante voos, já que permite a conexão com a tela multimídia dos aviões via plugue de fone de ouvidos para ouvir músicas ou assistir a filmes e séries com uma ótima qualidade sonora — algo que é impossível com os fones “descartáveis” oferecidos pelas companhias aéreas. 

A vantagem é ainda maior já que o Tx também permite controlar ANC, Som Ambiente e outras configurações. Certamente, é um ótimo companheiro de viagens — até mesmo as mais longas (afinal, estamos falando de uma bateria que dura muito). 

Quais são as alternativas para o JBL Tour One M3? 

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O próprio Sony WH-1000XM5 que destaquei há pouco é uma das alternativas ao modelo da JBL. Mesmo sendo de uma geração mais antigo, ele ainda é um ótimo concorrente — assim como seu sucessor, o XM6, já no mercado. 

Eles são conhecidos por entregarem excelente qualidade sonora, mas vale o destaque para o XM5 e XM6, que entregam graves mais marcantes e um cancelamento de ruído excelente. 

Ainda assim, tiro o chapéu para o modelo da JBL e destaco a presença oficial no Brasil como outro ponto forte, já que os fones da Sony só chegam por aqui importados. O Smart Tx é outro forte e diferencial enorme contra os adversários. 

Quanto ao preço, o JBL Tour One M3 tem preço sugerido de R$ 2.200 no site oficial da marca para a versão sem o Smart Tx e R$ 2.600 para o modelo com a telinha. Já o XM5 é encontrado em lojas brasileiras por R$ 2.100, enquanto o XM6 chega a 2.600, mas não são comercializados oficialmente pela Sony.

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O veredito: vale a pena comprar o JBL Tour M3? 

Sim, vale a pena comprar o JBL Tour One M3. Apesar de a qualidade sonora da Sony ainda ser ligeiramente superior com o XM5 e XM6, o modelo da JBL oferece uma ótima experiência sonora e se destaca em vários aspectos. 

Os principais pontos positivos, além da sonoridade, é a bateria de longa duração e o Smart Tx, que acaba sendo bem mais útil do que uma simples tela para controlar o vestível. 

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O preço ainda pode assustar um pouco por ser um modelo mais recente. Mas é possível esperar por algumas promoções ao longo dos próximos meses e se ele chegar a uma faixa de R$ 1.800 para a versão simples ou R$ 2.000 para o modelo com Smart Tx, ele começa a fazer ainda mais sentido. 

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