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Análise | JBL UA Train vai te tirar o sono e dar vontade de malhar

Por| 09 de Setembro de 2019 às 15h20

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Análise | JBL UA Train vai te tirar o sono e dar vontade de malhar
Análise | JBL UA Train vai te tirar o sono e dar vontade de malhar
Tudo sobre JBL

Procurando um fone de ouvido robustão para aguentar o ritmo dos seus treinos? A JBL e a Under Armour se uniram para trazer o melhor de dois mundos em um fone de ouvido voltado, do design ao acabamento, à galera que quer se concentrar no crossfit, na academia, nas corridas, nos treinos. Seja lá qual for a sua praia.

O UA Sport Wireless Train traz tecnologia de tecido da marca de equipamentos esportivos Under Armour, pronto para lidar com situações de muito movimento e, claro, o inevitável suor. A JBL entra, obviamente, com a engenharia de áudio e de corpo do fone.

Como a própria marca descreve, são fones de treino feitos para a academia.

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Design & Ergonomia

A gente já sabe qual é a pegada do UA Train (vamos chamá-lo assim de agora em diante) só de olhar para o case de transporte. A parceria entre as duas marcas resultou em algo visualmente bacana, porque os materiais usados no revestimento de fone e case são bem a cara da Under Armour. E o design pra-lá-de-esportivo chega a ter linhas agressivas, tanto em case quanto em fone, que é para passar aquela impressão de "pau para toda obra" do UA Train. Sendo a "obra", aqui, sua atividade física favorita (que não envolvam água, viu?).


Os fones são EXTREMAMENTE firmes na cabeça. Dos modelos on-ear que já testamos aqui no Canaltech, é de longe o mais estável, a ponto de aguentar uma sessão de treinos de kickboxing (usando um Bob como oponente, claro, para não correr o risco de tomar uma porrada no fone) sem ameaçar cair da cabeça. Fomos com ele para a academia fazer um elíptico e uma esteira em velocidade média-avançada e ficamos bem contentes ao perceber que as almofadas do fone não se encharcam de suor. É aí que você sente a presença da Under Armour no "rolê". Um passeio-aventura com o cachorro também rolou no parque, e correu tudo muito bem mesmo durante uma quase briga de cães valentes (um dachshund e dois poodles) pelo caminho.

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Até aqui, estamos gostando bastante da firmeza do UA Train e do fato de ele se manter sequinho. Isso acontece porque a Under Armour colocou sua tecnologia SuperVent nas almofadas. O que é isso? É um tecido especial da marca, usado em seus equipamentos de esporte, que evita acumular suor e umidade, além de circular bastante o ar. Assim, as almofadas deste modelo on-ear não ficam nem molhadas, nem quente demais, ao mesmo tempo que não incomodam as orelhas com seus "furinhos".

Veja só, em detalhes, como o tecido é:

Visualmente, o fone é parrudo. Todo em preto, revestido de silicone, muito firme ao toque, com arco, conchas e almofadas também muito bem desenhadas e acabadas. O modelo leva a logo da Under Armour externamente em cada uma das conchas e no arco. Aliás, as conchas são articuladas — tanto em relação ao arco, o que permite que o fone se dobre para caber no estojo, quanto em relação à cabeça do usuário, já que possuem um leve ajuste das almofadas, conforme você vê na imagem abaixo:

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O modelo não é pesado. Não incomoda durante o treino e nem aperta demais. No início, você pode sentir uma certa estranheza se estiver acostumado com fones over-ear para uso no escritório, por exemplo. Mas, convenhamos, nada a ver comparar um fone "de ficar sentado" com um para se exercitar correndo, pulando corda, dando uns chutes e socos, pedalando, etc... certo?

Controles

Na concha da direita, a JBL inseriu todos os controles do UA Train, bem fáceis de localizar e também bastante intuitivos, a saber: botão de liga/desliga, que também busca aparelhos ao alcance via Bluetooth; botão estendido de volume (mais e menos), play e pause (que pressionado por mais de 1 segundo, ativa a Siri/Google Assistente) e o botão TalkThru sob o logo da UA. Esse botão traz uma tecnologia que abaixa o volume da música enquanto você troca ideia com alguém na academia. Ele ativa o cancelamento de ruído do microfone e te deixa falar mais facilmente com seus amigos sem precisar tirar o fone da cabeça. Então se precisar dizer "Vamo revezar esse crucifixo aí, parça?", é só apertar no logo, ouvir a resposta da pessoa e pressionar o logo de novo para voltar a curtir sua música no volume normal. Uma vantagem bem bacana e que funciona muito bem.

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O mesmo botão de volume (com os sinais + e -) serve também para pular de música, avançando ou retrocedendo. É só pressionar por mais de 1 segundo e pronto.

A concha direita também tem entrada P2 (se quiser usar o fone cabeado) e é nela que está o microfone. A concha esquerda tem apenas a entrada micro USB para carregamento.

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Conectividade

O fone de ouvido traz conectividade Bluetooth 4.1, com um excelente alcance. Você pode muito bem deixar o telefone em um cantinho da academia (se ela não for muito grande) e malhar de boa, passando pelos aparelhos. Claro; se a academia for enorme, ou você deixa o celular no bolso ou vai levando ele com você, deixando ele seguro em um canto próximo dos aparelhos que quiser usar em seu treino.

Nossos testes foram satisfatórios. Primeiro, deixamos o smartphone no centro de um apartamento de 80m2 e andamos por toda a casa sem repiques (com um raio de aproximadamente oito metros, contando umas paredes pelo caminho). Em um ambiente flat ou a céu aberto, o alcance aumenta bastante (raio de 35 a 40 metros, numa boa).

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Algo que consideramos bastante legal em um fone de ouvido é a possibilidade de cabeamento. Apesar de essa "necessidade" estar cada dia menos presente na lista de desejos de quem vai comprar um fone de ouvido hoje em dia, quem é audiófilo ou precisa de um help caso a bateria do fone acabe, vai fazer questão do cabeamento. Mas no caso específico do UA Train, há um pequeno "perhaps" e vamos falar disso na seção sobre o áudio, neste review.

Bateria

O UA Train traz uma bateria com 16 horas de duração e tecnologia Speed Charge que, com cinco minutos plugado na energia, oferece uma hora de som para você malhar tranquilo. Achamos a durabilidade bem honesta, mas nada surpeendente para modelos nessa faixa de preço hoje em dia.

Finalmente, áudio!

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A JBL investiu bastante na gama grave do UA Train, isto é fato. E isso também não é nem um pouco negativo, tanto se compararmos os graves com as demais frequências, quanto se formos imaginar que este modelo é voltado para quem vai malhar. Então, com isso em mente, vamos falar detalhadamente do som.

Olha, UA Sport Wireless Train, o senhor tem, mesmo, graves potentes. O público-alvo gosta e o impacto dos bumbos e baixos nos ouvidos deixa o treino mais prazeroso. O que podemos dizer dos graves, aqui, é que, além de muito presentes, são bem pré-amplificados e com uma resposta muito rápida. Em Hollywood, do Vintage Culture, você é virtualmente jogado de um lado para o outro na parte em que entram os graves e sub-graves sintetizados. As frequências são muito bem localizadas e foram muitíssimo bem direcionadas ao público que "quer graves? Então toma!". Não tem como negar que inspira a pessoa a treinar, de fato. Se você malha mas música eletrônica não é sua praia, que tal um roquenrou clássico? Em Eye of The Tiger, do Survivor, não temos os subgraves modernosos dos sintetizadores dos DJs atuais, mas temos o peso tradicional de bumbo, surdo e contrabaixo. A pancada é boa e a gama grave soa bem limpa e poderosa.

Médios não são a frequência-chave de quem quer focar em exercício, mas eles estão bem alocados no UA Train — não sobrepostos a nenhuma frequência vizinha, mas ainda assim entregando resultados muito legais em guitarras, pianos, vocais, teclados, backing vocals, metais e demais instrumentos que estão nessa faixa. Em Maniac, do Michael Sambello, temos todos os efeitos sintetizados oitentistas presentes e limpinhos, e já que a mixagem joga os teclados lá em cima, assim os temos no UA Train. Dos pianos elétricos ao synth bass, tudo. O vocal é entregue com clareza, sem perder presença para os graves. E no refrão, não se embola nos licks de teclado. Ou seja: médios e médios-graves se respeitam e são entregues muito bem pelos fones, mesmo enquanto a ênfase nos graves esteja ali, firmona, empolgando quem escuta a música. Em Killing in The Name, do Rage Against The Machine, temos uma chuva de médios-graves e médios — todos muito bem definidos no UA Train. O destaque para a guitarra de Tom Morello continua, e muito bem enfático, principalmente nas notas mais graves que fazem base para os versos. Vocais, caixa da bateria, backing vocals, guitarra, crescendos… a música é um deleite nos fones, porque os graves continuam respeitando os médios.

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A gama de frequência aguda é muito, mas muito boa mesmo no UA Train. Não irrita os ouvidos mais sensíveis, nem deixa de marcar território em músicas muito graves. E, convenhamos, a JBL cravou direitinho a dosagem de agudos no fone de malhação que fez com a Under Armour. Os agudos são brilhantes, presentes, limpos e bem abertos, ou seja, tornam a música mais "aberta" aos ouvidos, contrastando muito bem com os graves. Um exemplo bacana está em Girls Just Wanna Have Fun, da Cyndi Lauper. Musicão oitentista divertido e legal de ouvir nos treinos, riquíssimos em agudos — que começam pela voz sopraníssima da cantora e terminam nas frases, riffs e efeitos de sintetizador e guitarra. Os graves estão lá, bem marcados, enquanto o brilho dos agudos não atrapalha os médios e nem os atropela. Os médios-agudos dos backing vocals também se encontram bem delimitados e gostosos de ouvir. O hip-hop coreano Who You (니가 알던 내가 아냐), de Jay Park & Ugly Duck, apesar de ser uma surra de graves, também tem muita pancadaria de agudos — contraste muito bem entregue pelo UA Train. A bateria eletrônica e alguns fraseados de sintetizador explodem sem saturar, o que é ideal para treinos mais "nervosos".

Os fones, claramente, entregam uma equalização com graves e agudos de impacto, deixando os médios mais recuados, mas presentes. Mesmo em volumes mais altos (o que a gente não recomenda para não detonar sua audição), o som não satura no UA Train. Pode machucar seus ouvidos pelo volume, mas não pelo "embolamento", muito menos estouro de frequências.

E cabeado?

A JBL colocou um preamp ativo muito bom no UA Train — e por isso, quando em modo analógico/cabeado, os fones perdem completamente sua identidade. A ênfase dos graves se perde e o som se aproxima de uma equalização flat. O que isso significa? Que se, por ventura, a bateria acabar no meio do treino o cabo está ali para te ajudar.

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Os fones funcionam de modo passivo enquanto cabeados, entregam um bom resultado, mas sem baixos bufantes, com frequências mais "comportadas" e, obviamente, menos volume. O lado bom de ter o cabo é nos casos de latência: você pode usá-lo para assistir a vídeos e até mesmo editá-los no computador sem atrasos. Mas o som não é o mesmo, muito menos se parece, com o que você vai ouvir no Bluetooth.

Isolamento de ruído

O UA Train não tem isolamento ou cancelamento ativo de ruído, e se você realmente quer um fone pra "pimpar" seus treinos, nem vai sentir tanta falta. O design das conchas, apesar de on-ear, deixa o fone tão bem acomodado nas orelhas e na cabeça que o isolamento passivo já é, de sobremaneira, bem legal.

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Quem estiver do seu lado vai ouvir um "tunts tunts" bem baixinho, como se fosse um radinho ligado. Mas se a academia estiver cheia, por exemplo, isso não vai fazer a menor diferença.

Microfone

O Canaltech testou e aprovou o microfone do UA Train (localizado na concha direita) em várias situações: ligações telefônicas, ligações de vídeo, reuniões com 5 participantes, envio de áudio pelo WhatsApp e gravação de notas pelo gravador do iPhone. O modelo tem cancelamento de ruído inteligente que "filtra" a barulheira ao redor enquanto foca apenas na sua voz, como se fosse um microfone omnidirecional de estúdio.

O resultado, claro, é bem bacana — e os interlocutores também aprovaram. O teste reverso foi feito para constatarmos que vale a pena usar o microfone do UA Train em suas chamadas e áudios no Telegram ou WhatsApp.

O que tem na caixa?

  • JBL UA Sport Wireless Train
  • Cabo P1 - P2
  • Cabo micro USB para carregamento
  • Manuais
  • Case semi-rígido de transporte

Specs

  • Driver (mm): 40
  • Número de drivers por ouvido: 1
  • Sensibilidade do Driver a 1kHz1mW (dB:) 101 dB
  • Impedância de entrada (ohms): 32
  • Resposta de Frequência Dinâmica: 16Hz-20 kHz
  • Peso: 240 g

Preço e onde comprar

No site oficial da JBL, o UA Sport Wireless Train é vendido a R$ 1.099, podendo ser parcelado em até 6x de R$ 183,17 no cartão.

Já na Amazon, você encontra o bichinho por um preço promocional de R$ 827,95, em até 10x de 82,84 sem juros no cartão.

Lembrando que o modelo está disponível apenas na cor preta.

Veredicto

Pelo tempo que ficamos com o UA Train, passamos a gostar dos fones mais e mais a cada dia. Por aqui, a atividade física principal é natação e passeio com cachorro na rua, mas não dá para negar que o modelo dá vontade de correr na pista ou visitar a academia para um treino básico e matar as saudades dos velhos tempos. Para a galera que faz crossfit, malha na academia ou ao ar livre, quer um fone firme na cabeça para correr ou fazer exercícios mais bruscos e não abre mão de qualidade de som, esta é, sem dúvidas, uma excelente opção.

Graves encorpados, médios presentes, mesmo que um pouco mais recuados e agudos que estão de parabéns são as características de áudio deste fone. Aliás, que graves e que agudos — a receita ideal para quem quer punch e marcação na hora de exercitar o corpo.

O design é bem "brutão", o que passa impressão de resistência para combinar com a academia e aguentar o tranco. Ao contrário do que vimos em reviews internet afora, não ficamos nem um pouco descontentes com a firmeza do UA Train na cabeça por "apertar demais depois de alguns dias de uso". Isso é essencial para quem faz exercícios, corre, pula corda, agacha, levanta, puxa ferro, dá socos e chutes, enfim. Segue o jogo!

Para o design, nota 8,5. Para a ergonomia e firmeza durante o treino, nota 9. E para o áudio (dentro do que se propõe o modelo), nota 9.