Experimento traduz efeitos de diferença salarial com partida de Counter Strike

No mercado de trabalho, as mulheres recebem em média 32% a menos que os homens na mesma função, de acordo com dados do Fórum Econômico Mundial. Na prática, você sabe quais os efeitos desta diferença salarial?

Para responder a pergunta, a Vivo e o Gamers Club criaram um experimento com gamers. Eles reuniram jogadores de Counter Strike e os separaram em dois times, mas havia um problema: um dos grupos receberia 32% a menos em dinheiro virtual do que a outra equipe.

Com a iniciativa, batizada de e-quality, o time com a verba reduzida sofreu na hora de escolher itens para o jogo, algo essencial para garantir uma disputa justa. A falta de dinheiro se traduziu em menos equipamentos e a equipe afetada perdeu sua capacidade de competir de igual para igual.

Assim, mesmo com o gamer Lincoln “FNX” Lau, seis vezes campeão mundial da categoria, o time B, que também contava com Shay, Olga, XRM e Gio, perdeu feio a disputa. O time A, formado por Spacca, Guizao, Cammy, Gabs e Isa B, venceu por 16 a 6. Isso significa que a partida terminou com uma desvantagem de 62,5%, mais de 30 pontos percentuais acima do desequilíbrio inicial.

Confira a partida completa:

"Muitos caras acham que a diferença salarial não é verdade ou que não faz muita diferença", disse a gamer Olga. "Esse rendimento reduzido prejudicou bastante no jogo, mas é melhor do que na vida real onde não é só uma rodada: para a mulher, é a vida inteira".

Já a gamer Gabs destacou que um homem com salário melhor consegue dedicar mais tempo para treinar e se tornar mais experiente. "Uma mulher que ganha metade do salário dele, por exemplo, ainda tem que trabalhar, estudar e o nível dela é menor porque ela não tem o suporte necessário".

Recentemente, a Gamers Club entrou na causa de equidade salarial e anunciou que o pagamento entre mulheres e homens será igualitário durante o campeonato Brasil Game Cup. Confira o depoimento dos gamers e reações durante a partida de Counter Strike: