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Tentativa de espionagem cresce 228% no Brasil

Por| 04 de Outubro de 2019 às 09h53

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Tentativa de espionagem cresce 228% no Brasil
Tentativa de espionagem cresce 228% no Brasil

Nesta quarta-feira (2), a empresa de cibersegurança Kaspersky divulgou um estudo sobre a situação dos stalkerwares, programas comerciais usados como ferramentas de espionagem. No Brasil, houve 1.232 tentativas de instalação em 2018, em comparação a 4.041 casos neste ano – crescimento de 228%. A empresa ainda descobriu 380 variações desta ameaça em circulação neste ano – 31% a mais do que no ano passado.

Os stalkerwares são destinados, basicamente, a invadir a vida pessoal dos usuários. Com ele, um estranho consegue acessar mensagens, fotos, redes sociais, localização e gravações de áudio ou da câmera no dispositivo da vítima – e em alguns casos isso pode ser feito até mesmo em tempo real, segundo a Kaspersky. Esses programas são executados em segundo plano para permanecer ocultos e são instalados sem o conhecimento do usuário. Na maioria dos casos, são promovidos como software para espionar o(a) parceiro(a).

Diferente da maioria das ameaças ao consumidor, o stalkerware é tipicamente usado para monitorar vítimas específicas e, muitas vezes, ele precisa ser instalado manualmente – o que exige que o invasor tenha acesso físico ao dispositivo. Para Erica Olsen, diretora do projeto Safety Net Project na National Network to End Domestic Violence, essas ameaças aumentam significativamente os riscos de segurança.

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“Quando desenvolvido para operar completamente em modo furtivo, ou seja, sem nenhuma notificação ao proprietário do dispositivo, este tipo de programa fornece a agressores e assediadores uma ferramenta completa para cometer assédio, monitoramento, perseguição e abusos. Esse tipo de experiência pode ser aterrorizante, traumatizante e ainda levar a riscos significativos à segurança. É importante tratar tanto a disponibilidade desses aplicativos quanto seu uso como uma ferramenta de abuso", afirma.

Por sua vez, o especialista em segurança da Kaspersky, Vladimir Kuskov, expõe seu ponto de vista:

"Nos últimos meses, nós nos empenhamos muito para melhorar as funcionalidades de detecção de stalkerware em nossos produtos e continuaremos fazendo isso junto com outros participantes do setor, como uma forma de apoiar a batalha contra a espionagem. Mas ainda temos problemas para resolver. Por exemplo, precisamos encontrar e concordar em uma definição de stalkerware que possa ser reconhecida por todo o setor. Isso ajudaria a diferenciar melhor esse tipo de software e, portanto, proteger melhor os usuários de invasores de privacidade".
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Para evitar ser monitorado por um stalkerware, a Kaspersky recomenda bloquear a instalação de programas de origem desconhecida nas configurações do seu smartphone, nunca revelar a senha ou o PIN de seu dispositivo, mesmo para pessoas em quem você confia; não guardar arquivos ou aplicativos desconhecidos em seu dispositivo, pois eles podem colocar sua privacidade em risco; alterar todas as configurações de segurança de seu aparelho quando terminar um relacionamento (já que um ex-parceiro pode tentar adquirir suas informações pessoais para manipular você), verificar a lista de apps instalados para descobrir se há algum programa suspeito; usar uma solução de segurança confiável, capaz de avisar sobre a presença de programas comerciais de espionagem e procurar ajuda de uma organização profissional competente se você achar que pode ser vítima de espionagem e precisa de auxílio.