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China acusa EUA de atacar universidade para roubar dados

Por| Editado por Claudio Yuge | 14 de Setembro de 2022 às 15h20

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China acusa EUA de atacar universidade para roubar dados
China acusa EUA de atacar universidade para roubar dados

O governo da China apontou o dedo diretamente aos Estados Unidos, acusando o país de ser o responsável por uma onda de ataques contra a Northwestern Polytechnical University. De acordo com o relatório dos serviços de inteligência do país, a instituição que trabalha em projetos militares, aeroespaciais, aeronáuticos e marítimos teria sido atingida por mais de 1.000 ofensivas ao longo das últimas semanas, resultando no roubo de credenciais de acesso e dados confidenciais.

Os chineses apontam a responsabilidade direta da NSA (Agência Nacional de Segurança, na sigla em inglês). O órgão teria usado 41 tipos diferentes de armas cibernéticas para realizar os golpes que envolveram tanto a retirada de sistemas do ar quanto a abertura de portas de entrada e o vazamento de informações, em uma ofensiva que teria fins políticos e militares.

Um dos malwares citados no relatório publicado pelo Centro Nacional de Resposta Emergencial a Vírus de Computadores (CVERC, na sigla em inglês) é o Suctionchar, que seria responsável pelo roubo de contas de acesso remoto aos sistemas da universidade. Outros vírus citados incluem o Bvp47, que seria o responsável por fixas backdoors, e uma combinação de ameaças zero-day conhecidas há anos para intrusão nas plataformas internas da organização.

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A atribuição ao governo dos EUA vem, principalmente, pela utilização da segunda ferramenta cibercriminosa, que teria aparecido em pelo menos 64 ataques contra empresas e instituições oficiais do governo chinês ao longo dos últimos anos. Golpes em outros 45 países também teriam sido registrados, também com motivação baseada na espionagem industrial.

Documento contabiliza a participação de 13 pessoas nas acusações da China contra os EUA

O relatório publicado pela CVERC vai além e inclui detalhes técnicos das ameaças usadas e, também, vetores de entrada, servindo como um possível alerta para outras instituições do país. O texto chega a citar a participação de 13 pessoas ligadas ao governo americano e à NSA na onda de ataques.

A porta-voz do ministério das relações exteriores da China, Mao Ning, criticou a administração dos Estados Unidos e disse que, como a maior superpotência em ataques digitais, ela deveria parar de usar esse poder para atingir inimigos políticos. Em vez disso, a sugestão é o uso dessa capacidade para construir uma comunidade global de segurança e a participação em iniciativas de governança da rede.

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Entretanto, a sinalização é de que os EUA representam, hoje, um “perigo sério” à segurança dos cidadãos e à soberania da China. O governo americano não se pronunciou sobre o assunto, deixando também de confirmar ou negar sua participação nos ataques.

Fonte: ZDNet