Você sabe o que é um sprite? Astronauta captura fenômeno raro de uma tempestade
Por João Melo |
A astronauta norte-americana Nichole "Vapor" Ayers registrou, a partir da Estação Espacial Internacional (ISS), um fenômeno atmosférico raro conhecido como sprite. A imagem do clarão visto do espaço foi compartilhada nas redes sociais da cientista espacial na última quinta-feira (3).
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No post publicado em seu perfil oficial no X (antigo Twitter), Ayers destaca que imagens de sprites captadas da ISS podem ajudar os cientistas a entender melhor tanto a formação quanto as características desses fenômenos luminosos.
A imagem em time-lapse captada pela astronauta mostra uma tempestade que acontece na fronteira entre o Texas, nos Estados Unidos, e o México.
Flashes de descargas elétricas
Os sprites são Eventos Luminosos Transientes (TLEs, na sigla em inglês) que ocorrem na alta atmosfera, acima das nuvens de tempestade. Esses fenômenos são desencadeados por descargas elétricas e costumam ocorrer a cerca de 80 quilômetros de altitude.
Eles surgem após a ocorrência de um raio, provocando clarões que se assemelham a "tentáculos" ou plumas avermelhadas, visíveis muito acima das nuvens associadas às tempestades.
A primeira vez que um evento desse tipo foi registrado em vídeo ocorreu em 1989, quando pesquisadores da Universidade de Minnesota, que testavam uma câmera de TV, capturaram um sprite no céu por acaso.
Fenômenos pouco compreendidos
De acordo com a NASA, os sprites ainda são pouco compreendidos, e muitas questões sobre como e por que eles se formam permanecem sem resposta na comunidade científica.
Para reunir mais informações sobre esses eventos eletrificados, a agência espacial norte-americana criou o projeto Spritacular (www.spritacular.org). Trata-se de uma iniciativa de ciência cidadã que visa centralizar, em um banco de dados, imagens de sprites capturadas por pessoas ao redor do mundo.
“O Spritacular preencherá essa lacuna criando o primeiro banco de dados colaborativo de sprites e outros TLEs, acessível e prontamente disponível para pesquisa científica”, afirmou o Dr. Burcu Kosar, físico e pesquisador principal do projeto, em comunicado divulgado na época do lançamento da iniciativa.
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Fonte: NASA