Virgin Galactic escolhe filial da Boeing para fabricar nova geração de aeronaves
Por Wyllian Torres • Editado por Rafael Rigues |
A Virgin Galactic anunciou, nesta quarta-feira (06), a parceria com a Aurora Flight Sciences, uma subsidiária da Boeing, para a fabricação de sua próxima geração de aeronaves usadas para transportar os aviões espaciais da empresa em voos suborbitais.
- Virgin Galactic retoma venda de ingressos de turismo espacial por US$ 450 mil
- Qual a diferença entre um voo suborbital e um orbital? Ambos são espaciais?
Ao todo, serão fabricadas duas aeronaves de fuselagem dupla, e a primeira deve entrar em operação já em 2025. A Aurora realizará a montagem em suas instalações no Mississipi e na Virgínia Ocidental, mas os processos finais acontecerão nas unidades da Virgin na Califórnia.
Cada uma destas aeronaves será projetada para realizar até 200 lançamentos ao ano. Em nota, a Virgin Galactic disse que a terceirização do trabalho fornece acesso à mão de obra, além de reduzir interrupções na cadeia de suprimentos e, assim, acelera a produção.
Segundo Michael Colglazier, CEO da Virgin, as “naves-mãe” de próxima geração serão essenciais para ampliar as operações da empresa. "Apoiado pela escala e força da Boeing, Aurora é a parceira de fabricação ideal para nós", acrescentou Colglazier.
A Virgin avaliou diversas fabricantes aeroespaciais no início do processo, mas selecionou a Aurora por conta de seu histórico na fabricação de aeronaves de ponta. Com mais de 30 anos de experiência, a subsidiária da Boeing fabricou uma média de uma aeronave por ano neste período.
Nos voos suborbitais da Virgin, as "espaçonaves" são levadas presas a um avião, ou "nave-mãe", até uma altitude de 15 mil metros. Então elas são soltas, caem por um breve momento e acionam seu motor de foguete até chegar à “fronteira do espaço”, quando ele é desligado. Os passageiros experimentam por alguns minutos os efeitos de ausência de peso, observam a curvatura da Terra e retornam ao solo.
Há mais de um ano Richard Branson, dono da Virgin Galactic, e mais cinco funcionários realizaram o primeiro voo suborbital da empresa, “inaugurando” a era do turismo espacial. Quase uma semana depois, a Virgin anunciou a venda de ingressos a partir de US$ 450.000. Os voos para o público gral, no entando, só devem acontecer a partir de 2023.
Fonte: Virgin Galactic