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Usando dados do Kepler, estudante descobre exoplaneta que pode ter água líquida

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Nesta segunda-feira (7), a NASA confirmou a descoberta de um exoplaneta enorme, com o dobro do tamanho da Terra, com a possibilidade de ele ter água líquida em sua superfície. A descoberta do K2-288Bb foi possível por meio de dados do telescópio espacial Kepler, que foi oficialmente aposentado em outubro do ano passado, e a autora do estudo foi a estudante Adina Feinstein, da Universidade de Chicago.

O exoplaneta, que fica a cerca de 226 anos-luz de distância (na constelação de Touro), está na zona habitável de sua estrela. Isso significa que o planeta orbita o astro a uma distância que não é nem muito próxima (ou seja, quente demais para a existência de água líquida), nem muito longe (fria demais para que a água se mantenha em estado líquido).

E quando falamos que o exoplaneta é "enorme", é porque poucos planetas rochosos conhecidos são mais de 1,5 vez maior do que a Terra, e o K2-288Bb tem tamanho estimado em 1,9 vez o tamanho do nosso planeta. Mas ainda não se tem a confirmação de que o exoplaneta recentemente descoberto é mesmo rochoso: ele também pode ser um gigante gasoso, com metade do tamanho de Netuno.

O planeta em questão orbita a menor das estrelas binárias do sistema K2-288. Nesse sistema, a estrela mais brilhante tem metade da massa do nosso Sol, enquanto a mais escura tem um terço da massa e do tamanho do nosso astro. O K2-288Bb orbita a estrela a cada 31,3 dias, por sinal.

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Durante a missão do telescópio espacial Kepler, que durou nove anos, ele permitiu a descoberta de 2.600 exoplanetas que foram confirmados, além de milhares de outros candidatos que ainda estão sendo estudados pelos cientistas a fim de bater o martelo sobre sua existência. E a missão do Kepler, agora, está nas "mãos" do telescópio espacial TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite), também da NASA, que foi lançado em abril e já descobriu pelo menos dois exoplanetas em poucos meses de missão.

Fonte: NASA