SpaceX lança satélite brasileiro de observação da Terra
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |
O nanossatélite VCUB1 foi lançado no sábado (15) da Base de Lançamentos de Vandenberg, na Califórnia, por um foguete Falcon 9, da SpaceX. Desenvolvido pela Visiona Tecnologia Espacial, companhia da Embraer e Telebras, em parceria com instituições brasileiras, o satélite foi criado com o objetivo de demonstrar a habilidade da indústria nacional para a realização de missões espaciais avançadas.
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O lançamento foi realizado por meio da missão Transporter 7, na qual o foguete Falcon 9 levou "de carona" alguns micro e nanossatélites de clientes comerciais e governamentais. Após o lançamento, o VCUB1 deverá alcançar sua órbita final com a ajuda de um veículo de transferência orbital e, depois, deve passar por um período de estabilização e testes preliminares.
Quando os testes de validação estiverem concluídos, ele poderá finalmente iniciar sua missão primária. O VCUB1 é descrito pela companhia como "o primeiro satélite de observação da Terra e coleta de dados já criado pela indústria brasileira". A ideia é que, durante sua operação, ele demonstra a capacidade da Visiona para produzir sistemas espaciais de alto desempenho.
O objetivo principal da missão é validar a arquitetura do satélite e de seu software, para que este possa ser usado em naves de maior porte. Para isso, a Visiona ficou responsável pela implementação e testes do software do computador de bordo do satélite.
Este componente tem algumas tecnologias de destaque, como o sistema Attitude and Orbit Control System (AOCS), sem precedentes no Brasil, junto do On-Board Data Handling system (OBDH), que controla os componentes do satélite. Por fim, a empresa vai validar o software de comunicação dele e irá acompanhar a qualificação da câmera OPTO 3UCAM, a primeira câmera refletora projetada e produzida no Brasil.
João Paulo Campos, presidente da Visiona, destacou a importância do satélite e de seu desenvolvimento. "O lançamento do VCUB1 é histórico para a indústria aeroespacial brasileira, porque coloca o país no seleto grupo de nações que dominam o processo inteiro de desenvolvimento de satélites, e nos permite voar ainda mais alto", disse, em um comunicado.
Fonte: Embraer, Visiona Espacial