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Satélite da Starlink é flagrado sobrevoando base aérea ultrassecreta na China

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti | 

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Maxar Technologies
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No último dia 21, um satélite Starlink, da SpaceX, foi inesperadamente flagrado sobrevoando a base aérea de Dingxin, no deserto de Gobi, na China. O registro ocorreu durante uma captura de imagens feita por um satélite de observação da empresa norte-americana Maxar Technologies e resultou em um efeito visual raro e impressionante. A cena foi registrada pelo satélite WorldView Legion, que orbitava a 518 quilômetros de altitude.

A imagem mostrava caças alinhados próximos à pista da base chinesa quando, no canto superior, surgiu uma forma oblonga prateada com reflexos coloridos, nada menos que o satélite Starlink identificado como o número 33828.

O caso foi anunciado por Susanne Hake, gerente da Maxar, na última terça-feira (9): "Esta imagem captura perfeitamente o quanto o domínio espacial evoluiu. Estamos operando em um ecossistema orbital interconectado, onde banda larga comercial, inteligência da Terra e missões de segurança nacional compartilham as mesmas rodovias a 545 quilômetros acima de nossas cabeças", escreveu:

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O efeito inusitado, descrito como uma “arte acidental”, surgiu porque o sistema de imagem da Maxar combina dados em preto e branco de alta resolução com informações em cores. No momento da captura, o satélite da SpaceX passava a uma velocidade relativa de cerca de 1.400 metros por segundo, criando reflexos multicoloridos no terreno árido.

Base de Dingxin

Dingxin Airbase é considerada uma das instalações militares mais secretas da China. Localizada no deserto de Gobi, ela é utilizada para treinamentos avançados de caças, testes com bombardeiros e desenvolvimento de novos drones militares. Poucas imagens da base circulam publicamente, o que torna o registro ainda mais relevante.

O fato de um satélite civil norte-americano capturar outro satélite sobrevoando justamente esse local adiciona uma camada de curiosidade e debate sobre vigilância espacial e coincidências orbitais.

O impacto da Starlink na observação astronômica

A constelação Starlink já conta com mais de 8.300 satélites ativos em órbita baixa da Terra. Embora o projeto ofereça internet de alta velocidade em regiões remotas, ele tem sido criticado por astrônomos. Isso porque os reflexos solares deixados pelos satélites interferem em telescópios terrestres, como o recém-inaugurado Observatório Vera Rubin, no Chile.

Apesar de o flagrante do dia 21 ter sido uma coincidência rara, a tendência é que encontros inesperados se tornem mais frequentes com o aumento da presença de satélites comerciais. Como destacou Susanne Hake, compreender como o Starlink interage com missões de observação da Terra será fundamental para manter a eficiência e a segurança no espaço.

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Fonte: Space

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