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Relatório mostra que NASA perdeu vários artefatos históricos

Por| 23 de Outubro de 2018 às 16h12

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Um relatório divulgado pelo Escritório do Inspetor-Geral da NASA detalha deficiências da agência espacial no que diz respeito ao gerenciamento de itens históricos. É que, pelo que consta no documento, a NASA perdeu vários artefatos ao longo de sua história, incluindo uma sacola de coleta de solo lunar usada na missão Apollo 11, e até mesmo um protótipo de um rover lunar.

Conforme consta no relatório, "os processos da NASA para empréstimo e alienação de bens históricos melhoraram nas últimas décadas, mas uma quantidade significativa de bens pessoais históricos foi perdida ou tomada por ex-funcionários e contratados devido à falta de procedimentos adequados". E "recuperar essa propriedade histórica provou ser um desafio devido ao esforço necessário para encontrá-la, bem como à relutância da agência de às vezes reivindicar sua propriedade sobre os itens", segue o documento, que também denuncia "má manutenção de registros e falta de processos estabelecidos para a coordenação oportuna dos esforços de recuperação" desses objetos.

A sacola de coleta de poeira lunar da Apollo 11 foi vendida em leilões, sendo que, em um deles, chegou a valer US$ 1,8 milhão e, portanto, está fora do alcance das mãos da NASA. Outro item perdido foi um grupo de controladores da mesma missão, que foi levado por um funcionário da agência espacial depois de um supervisor ter dito que os objetos poderiam ser jogados no lixo. A NASA tentou recuperar esses itens por três anos, sem sucesso.

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E não pense que somente objetos pequenos foram extraviados: o protótipo de um rover lunar foi localizado em um bairro residencial do Alabama, e o seu proprietário mostrou disposição de devolvê-lo à NASA. Só que a agência demorou meses para dar uma resposta, e o homem acabou falecendo nesse meio tempo. Então, o veículo foi vendido a uma empresa de sucatas que, mais tarde, o vendeu em leilão.

Piorando ainda mais a situação, o relatório também denuncia que a NASA emprestou itens históricos para outras instituições, sem acordos de empréstimos oficiais com medidas de segurança documentadas. Entre esses itens, estão artefatos das missões Challenger e Columbia. Ainda, o autor do documento diz que a NASA não tem um processo adequado para decidir o que deve ser considerado como patrimônio histórico.

Mas não é só isso: como certos objetos precisam ser preservados de uma maneira particular, a depender de seus materiais e composições, o relatório sugere que a NASA, então, conte com organizações externas para isso — como o Smithsonian Institution, por exemplo, que chegou até a fazer uma campanha de financiamento coletivo no Kickstarter para arrecadar os fundos necessários a fim de preservar o uniforme espacial de Neil Armstrong (que está se deteriorando) — uniforme este que é um dos mais importantes da história da exploração espacial, já que o astronauta foi o primeiro ser humano a pisar na superfície da Lua.

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Fonte: The Verge