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Novos sinais de rádio revelam milhares de estrelas e galáxias distantes

Por| Editado por Patricia Gnipper | 23 de Agosto de 2021 às 20h30

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Universidade de Keele
Universidade de Keele

Uma equipe internacional de pesquisadores usou o telescópio Australian Square Kilometer Array Pathfinder (ASKAP) para observar a Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã vizinha da Via Láctea, e acabou por obter milhares de sinais de rádio emitidos por objetos até então desconhecidos. Entre eles, galáxias bilhões de anos-luz distantes de nós.

A princípio, o objetivo inicial era "fotografar" a Grande Nuvem em comprimentos de onda de rádio para estudar as estruturas estelares naquela galáxia. O ASKAP é um radiotelescópio poderoso o suficiente para conseguir algumas das imagens de rádio mais nítidas da Nuvem já registradas. Apenas a 158.200 anos-luz de distância da Terra, a Grande Nuvem de Magalhães é um ótimo alvo para estudar a formação de estrelas, por exemplo.

No entanto, as ondas de rádio de objetos mais distantes, vindo da mesma direção da Grande Nuvem de Magalhães, chegaram ao ASKAP com informações de milhares de estrelas próximas, supernovas e galáxias distantes, bem como estrelas da Via Láctea em primeiro plano. Esses sinais, descritos em um artigo publicado no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, serão muito úteis para estudar a estrutura interna desses objetos.

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Muitas dessas galáxias estão formando estrelas a uma taxa bem acelerada, de acordo com a autora principal do estudo, Clara Pennock. “Combinar esses dados com observações anteriores de raios-X, telescópios ópticos e infravermelhos nos permitirá explorar essas galáxias em detalhes extraordinários”, disse ela. No total, foram mais de 50 mil fontes de rádio detectadas.

O estudo faz parte do Evolutionary Map of the Universe (EMU) Early Science Project, que observará todo o céu meridional e deve detectar cerca de 40 milhões de galáxias. Os dados serão usados ​​para dar aos pesquisadores uma imagem mais clara de como as galáxias e suas estrelas evoluíram ao longo do tempo. “É gratificante ver esses resultados empolgantes provenientes das primeiras observações do EMU”, disse o co-autor do artigo, Andrew Hopkins. O EMU também tentará fazer medições cosmológicas de matéria escura e energia escura.

Fonte: Universidade de Keele