Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Novo método ajudará a encontrar vestígios do Big Bang

Por| Editado por Patricia Gnipper | 05 de Setembro de 2023 às 09h30

Link copiado!

Gerd Altmann/Pixabay
Gerd Altmann/Pixabay

Após mais de dois anos de trabalho, pesquisadores de várias universidades chinesas e da Universidade de Córdoba, na Argentina, concluíram um método de detecção de sinais importantes para determinar longas distâncias com maior precisão.

O objetivo do método é detectar as Oscilações Acústicas Bariônicas (BAOs), ondas que, ao lado da radiação cósmica de fundo em microondas, é um dos vestígios do Big Bang que ainda podem ser observados. Curiosamente, essas ondas também agem como pontos de gravidade.

Por terem durado exatamente 500 milhões de anos-luz, essas ondas são muito úteis para medir distâncias, o que pode ser feito com base na separação entre galáxias. Assim, parte fundamental do trabalho é detectá-las e determinar seus tamanhos, permitindo mapear o universo em grande escala.

Continua após a publicidade

Para o novo estudo, os autores usaram métodos estatísticos para analisar uma base de dados de um milhão de galáxias, observando especialmente suas excentricidades (o quão elípticas elas são) e a densidade ao redor delas.

Uma consequência da gravidade é que, normalmente, as galáxias “apontam” para onde existe um maior número de outras delas, mas em algumas regiões isso não é tão observado. Ali, onde as galáxias não apontam para onde deveriam, é onde os astrônomos devem procurar as BAOs, segundo os autores.

O método pode ajudar a estabelecer não apenas as distâncias das galáxias mais afastadas, mas também a descobrir mais sobre a energia escura. Afinal, ela está por trás da aceleração da expansão do universo, que por sua vez determina as distâncias em grande escala.

Continua após a publicidade

Em março, outra equipe publicou um estudo usando orientações, alinhamento e formato de 1,2 milhões de galáxias para estudar a aceleração da expansão do unvierso. Na ocasião, os autores informaram que expandiriam a pesquisa para adicionar a distribuição de BAOs no modelo, algo que pode complementar o estudo recém-publicado.

A pesquisa foi publicada na Nature Astronomy.

Fonte: Nature AstronomyEurekAlert