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Novo método ajudará a encontrar vestígios do Big Bang

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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Gerd Altmann/Pixabay
Gerd Altmann/Pixabay

Após mais de dois anos de trabalho, pesquisadores de várias universidades chinesas e da Universidade de Córdoba, na Argentina, concluíram um método de detecção de sinais importantes para determinar longas distâncias com maior precisão.

O objetivo do método é detectar as Oscilações Acústicas Bariônicas (BAOs), ondas que, ao lado da radiação cósmica de fundo em microondas, é um dos vestígios do Big Bang que ainda podem ser observados. Curiosamente, essas ondas também agem como pontos de gravidade.

Por terem durado exatamente 500 milhões de anos-luz, essas ondas são muito úteis para medir distâncias, o que pode ser feito com base na separação entre galáxias. Assim, parte fundamental do trabalho é detectá-las e determinar seus tamanhos, permitindo mapear o universo em grande escala.

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Para o novo estudo, os autores usaram métodos estatísticos para analisar uma base de dados de um milhão de galáxias, observando especialmente suas excentricidades (o quão elípticas elas são) e a densidade ao redor delas.

Uma consequência da gravidade é que, normalmente, as galáxias “apontam” para onde existe um maior número de outras delas, mas em algumas regiões isso não é tão observado. Ali, onde as galáxias não apontam para onde deveriam, é onde os astrônomos devem procurar as BAOs, segundo os autores.

O método pode ajudar a estabelecer não apenas as distâncias das galáxias mais afastadas, mas também a descobrir mais sobre a energia escura. Afinal, ela está por trás da aceleração da expansão do universo, que por sua vez determina as distâncias em grande escala.

Em março, outra equipe publicou um estudo usando orientações, alinhamento e formato de 1,2 milhões de galáxias para estudar a aceleração da expansão do unvierso. Na ocasião, os autores informaram que expandiriam a pesquisa para adicionar a distribuição de BAOs no modelo, algo que pode complementar o estudo recém-publicado.

A pesquisa foi publicada na Nature Astronomy.

Fonte: Nature AstronomyEurekAlert

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