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NASA se dá ao trabalho de desmentir hipótese de que 3I/ATLAS é sonda alienígena

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti | 

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Em julho de 2025, astrônomos detectaram um novo visitante vindo de fora do nosso Sistema Solar: o objeto 3I/ATLAS. Descoberto pelo telescópio ATLAS, no Chile, ele chamou atenção por ser apenas o terceiro corpo interstelar já registrado. Essa raridade naturalmente despertou interesse científico, mas também gerou teorias mais ousadas, como a do cientista Avi Loeb que sugere se tratar de uma sonda alienígena. No entanto, a NASA rebateu essa linha de pensamento.

Loeb, líder do Galileo Project, sugeriu que algumas características do 3I/ATLAS não se encaixam nos padrões conhecidos. Entre elas estão:

  • Brilho anômalo para um objeto desse porte;
  • Ausência clara de cauda cometária, comum em cometas dentro do Sistema Solar;
  • Órbita retrógrada alinhada com a Terra, algo considerado estatisticamente raro.
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Segundo ele, caso novas observações confirmem a falta de atividade típica de um cometa, não se pode descartar a ideia de que o corpo seja um artefato tecnológico, talvez até enviado deliberadamente em nossa direção. Embora Loeb reconheça que a explicação mais simples é a de um cometa, defende que a comunidade científica deve se manter aberta a hipóteses alternativas.

A resposta da NASA

A agência espacial norte-americana rapidamente rebateu essa linha de pensamento. Para os cientistas da NASA, os dados obtidos até agora mostram que o 3I/ATLAS se comporta de maneira compatível com outros cometas conhecidos.

“Ele parece um cometa, age como um cometa e tudo indica que é um cometa”, afirmou Tom Statler, cientista da NASA especializado em pequenos corpos do Sistema Solar. Ele acrescenta que variações de comportamento são comuns: cometas podem brilhar subitamente ou apresentar características diferentes dependendo da composição de seus gelos e da interação com a radiação solar.

A agência reforça que o objeto não representa risco para a Terra. Sua aproximação máxima será a cerca de 170 milhões de milhas, passando relativamente perto de Marte, Júpiter e Vênus, mas longe de cruzar a órbita terrestre.

Controvérsia sobre o 3I/ATLAS

Enquanto a NASA reafirma que tudo aponta para um cometa natural, Loeb insiste que a ciência avança quando se questionam paradigmas. Ele compara o caso a exemplos históricos, como a resistência às descobertas de Galileu Galilei.

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Com a aproximação do periélio em outubro de 2025, telescópios como o Hubble, o James Webb e o recém-operacional Rubin Observatory devem trazer novos dados sobre a composição e o comportamento do 3I/ATLAS.

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Fonte: The Guardian, Medium

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