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NASA e MIT criam nova asa de avião que pode mudar a forma no ar

Por| 02 de Abril de 2019 às 11h48

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Desde que Santos Dumont (ou os irmãos Wright) invetou o avião, o cerne de como o ser humano voa se mantém o mesmo. Contudo, um projeto em parceria entre o MIT e a NASA pode mudar a perspectiva da aviação. As duas instituições divulgaram nesta segunda-feira (1º) o desenvolvimento de uma asa de avião que pode mudar de forma e aumentar a eficiência de voo, produção e até mesmo manutenção do veículo.

Segundo publicação do próprio MIT, a diferença está na fabricação. A asa de aviões atuais são feitas com partes móveis como os flaps, apenas para modificar a direção do avião.

A proposta aqui é mudar a produção usando centenas de pequenas peças que podem ser ao mesmo tempo rígidas e flexíveis permitindo mais movimento. De acordo com o instituto, isso também faz com que o avião seja mais leve, resultando em eficiência maior que a de aviões tradicionais. Um dos motivos é que a tal asa poderia se ajustar aos diferentes momentos de um voo, como decolagem, pouso, manutenção no ar, criando menos resistência para cada um destes momentos.

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“Nós podemos ganhar em eficiência ao combinar o formato da asa com os diferentes tipos de ângulos de ataque”, explica o engenheiro da NASA Nicholas Cramer.

A asa é feita com um polímero com uma densidade menor, mas muito semelhante à borracha, e cria espaços vazios entre as peças, o que pode tornar o avião mais leve. Assim, é possível que não somente o voo seja mais rápido, mas também consuma menos combustível para fazer uma mesma viagem que um avião tradicional.

“A tecnologia promete uma redução e aumento de desempenho grandes, com peso menor e ainda uma estrutura rígida”, confirma o engenheiro de estruturas e pesquisador da Aurora Flight Sciences. Ele não está envolvido na pesquisa, mas foi convidado para avaliar o projeto. “A aplicação mais promissora em um futuro próximo são estruturais para aeronaves e estruturas espaciais, como antenas”, completa. Ao permitir que a asa possa ser modificada, a tecnologia ganha um escopo maior do que apenas para aviões.

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Segundo o estudante do MIT, Benjamin Jenett, os testes até agora mostraram uma eficiência bem acima do que a esperada. A nova tecnologia ainda não foi usada em testes reais na aviação, sendo apenas experimentada no túnel de vento do centro de pesquisas em Virgínia.

A pesquisa completa está sendo publicada na revista Smart Materials and Structures.

Fonte: MIT News