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Misterioso halo no espaço pode ser a primeira supernova intergaláctica detectada

Por| Editado por Rafael Rigues | 18 de Maio de 2022 às 13h10

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Axel Mellinger/Central Michigan University/Filipović et. al.
Axel Mellinger/Central Michigan University/Filipović et. al.

Um misterioso objeto semelhante a um anel (ou Halo, para quem é fã da franquia) foi encontrado perto de nossa galáxia, aparentemente próximo à nossa vizinha Grande Nuvem de Magalhães. Embora ainda não se saiba com certeza o que ele é, os astrônomos suspeitam que seja o primeiro remanescente intergaláctico de uma supernova já encontrado.

Os remanescentes de supernovas são os objetos que “sobram” após a explosão de uma estrela, ou seja, os “restos mortais” após seu fim. Esses objetos são formados por gás e se expandem em todas as direções a partir do centro da explosão, por isso o formato de anel.

No caso da nova descoberta, o remanescente parece localizado em um lugar bastante incomum: o espaço intergaláctico, isto é, entre duas galáxias. Isso é raro porque os cientistas não costumam encontrar estrelas nessas regiões de baixa densidade.

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Entretanto, tudo indica que havia uma estrela por ali — e ela explodiu. As estimativas são de que o remanescente, batizado como J0624-6948, teria até 7.000 anos de idade. Inicialmente, os astrônomos imaginaram que se tratava de um ORC (círculos estranhos de rádio), formações bizarras que se revelaram estar associados a galáxias muito distantes.

Não é o que parece acontecer com o J0624-6948. De acordo com um novo estudo, o novo objeto tem diferenças significativas em relação aos ORCs já estudados: um índice espectral de rádio mais plano, falta de uma galáxia central proeminente como possível hospedeiro e tamanho aparente maior.

Há algumas hipóteses para explicar J0624-6948, que exigirão estudos posteriores para serem comprovadas ou descartadas. Uma delas é que o objeto pode ser o remanescente de uma super explosão de alguma estrela próxima à Via Láctea, a cerca de 190 anos-luz do Sol, que aconteceu há alguns séculos.

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O problema é que o espaço entre galáxias não parece muito propício à formação de estrelas, implicando em algum evento de “fuga”: antes de consumir seu combustível e explodir em uma supernova, a estrela teria escapado (ou sido expulsa gravitacionalmente) de sua galáxia original.

O artigo foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Fonte: SciTechDaily