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Mistério de raios gama detectados há 60 anos é desvendado

Por| Editado por Patricia Gnipper | 16 de Setembro de 2021 às 17h50

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ESO/L. Calçada
ESO/L. Calçada

Pesquisadores confirmaram, em um novo estudo publicado na Nature, a origem de uma emissão misteriosa de raios gama, que intrigou astrônomos desde 1960. Essa radiação foi encontrada em regiões aparentemente “vazias” do espaço, sem nenhum objeto aparente associado. Agora, a equipe liderada pelo Dr. Matt Roth descobriu que galáxias formadoras de estrelas são as responsáveis pelo evento.

Eles chegaram a essa conclusão após modelarem a emissão de raios gama de todas as galáxias do universo, comparando-as com as previsões de outras fontes. Assim, eles puderam também compreender melhor como os raios cósmicos se movem através do gás entre as estrelas. Os raios cósmicos criam grandes quantidades de emissão de raios gama nas galáxias formadoras de estrelas quando colidem com o gás interestelar.

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Com isso, a equipe conseguiu determinar que essas galáxias formadoras de estrelas produzem a maior parte dessa radiação de raios gama difusa. Havia apenas um outro processo conhecido que poderia emitir essa radiação — os núcleos galácticos ativos, ou seja, buracos negros supermassivos que se alimentam de matéria. O resultado do novo estudo, no entanto, descarta essa causa.

O modelo criado pelos autores pode ser útil não só para desvendar emissões de raios gama, como também dos raios-X emitidos pelo mesmo tipo de galáxias. Para ampliar ainda mais o conhecimento sobre o interior galáctico, eles também estão estudando a produção de mapas do céu dos raios gama, que poderiam ser usados ​​para mostrar quais eventos poderiam ser observados pelos telescópios de próxima geração.

Fonte: Phys.org, Australian National University