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Medusa espacial: Hubble captura imagem incrível de fusão de galáxias
Semanalmente, o site dedicado ao telescópio Hubble mantido pela ESA seleciona e destaca uma imagem capturada pelo equipamento. Na semana passada, foi a vez de um retrato incrível de uma galáxia com nome bastante sugestivo: a fusão da Medusa. No Novo Catálogo Geral, ela recebe o nome NGC 4194, mas não é exatamente um único objeto cósmico - trata-se de uma dupla de galáxias que estão se fundindo na constelação da Ursa Maior. Também podemos dizer que elas estão colidindo, um evento que deve acontecer entre a Via Láctea e a galáxia de Andromeda, daqui a mais ou menos 4 bilhões de anos.
Galáxias entram em colisão quando seus campos gravitacionais estão em interação entre si. Um exemplo de um evento semelhante, porém menor, é quando uma galáxia-satélite afeta os braços espirais da galáxia primária. Já uma grande interação é a colisão galáctica, que pode levar a uma fusão de galáxias.

A fusão da Medusa está localizada a cerca de 130 milhões de anos-luz. Uma galáxia primitiva começou a consumir um sistema menor, rico em gás, que estava perto o suficiente. Essa interação lançou fluxos de estrelas e poeira para o espaço, acima das galáxias, o que resultou em algo que se assemelha às cobras que a Medusa da mitologia grega tinha no lugar dos cabelos.
Embora a lenda da Medusa diga que, ao olhar o rosto dela nos transformaremos em pedra, no caso da fusão de galáxias podemos olhar sem nenhuma preocupação. No centro da formação está o olho da Medusa, uma região de alta atividade de formação estelar, com 500 anos-luz de diâmetro. Como é uma área de alta concentração de gás acumulado, acontece uma explosão de formação estelar, o que resulta no alto brilho que contrasta com o fundo cósmico escuro.
Fonte: ESA/Hubble
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