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Mais seguro e econômico: Tesseract desenvolve novo combustível para foguetes

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Tesseract
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A Tesseract Space projetou um novo foguete para espaçonaves que, além de menor e mais eficiente, utiliza um novo combustível que promete ser mais seguro do que o propelente de hidrazina, utilizado atualmente pela maior parte dos veículos de lançamento ao redor do mundo.

Foguetes espaciais têm usado a hidrazina desde os anos 1950, e muitos motores de espaçonaves e satélites ainda o fazem atualmente. O problema é que esse composto químico é altamente tóxico e corrosivo. O manuseio é perigoso e deve ser feito com extrema cautela e em data bem próxima do lançamento, para que o explosivo não fique parado por muito tempo.

Algumas empresas buscaram alternativas para propulsão, como os propulsores de efeito Hall em satélites Starlink da SpaceX. Mas a propulsão química é a única opção real para muitas missões e embarcações. Felizmente, a Tesseract diz que encontrou um produto químico “muito bom”. “Estamos mantendo isso como um segredo comercial, mas é barato e realmente de alto desempenho”, afirma o cofundador da empresa, Erik Franks.

É possível abastecer os motores com o novo produto usando macacões Gore-Tex (roupa feita de uma espécie de plástico branco muito fino impermeável e transpirável) em vez de um traje de proteção hermeticamente fechado. A exposição acidental não resulta em dano permanente ao tecido, como acontece com a hidrazina.

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Até o momento, as soluções elétricas, como o propulsor de efeito Hall, têm uma boa eficiência, porém produzem pouco impulso. Eles cumprem seu papel, mas não com muita velocidade no percurso. Por isso, a Tesseract aposta em sua solução química “verde”. “Se você conseguir se livrar da toxicidade e dos custos de manuseio da propulsão química convencional, mas manter o desempenho, achamos que a substância química verde é um vencedor claro para a nova geração de satélites", disse Franks.

Confira abaixo um teste do novo combustível, divulgado pela Tesseract no início do ano:

Além de mais seguro e limpo, o novo produto pode significar uma boa redução nos custos com os instrumentos necessários para manusear o propelente à base de hidrazina, economia que pode ser convertida em maior produção de espaçonaves e de instalações menos especializadas.

Fonte: Tech Crunch