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Maior mapa 3D de galáxias já criado ajudará a entender como elas evoluem

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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Mais de 600 galáxias foram medidas em um estudo que mapeou cerca de 180 graus quadrados do céu observável, área equivalente a mais de 700 Luas cheias. O mapa 3D ajudará os astrônomos a compreender melhor a formação e evolução das galáxias.

Com o radiotelescópio ASKAP, localizado na Austrália Ocidental, os pesquisadores conseguiram coletar dados de galáxias próximas a até um bilhão de anos-luz de distância para criar o mapa galáctico mais completo já feito.

Esta é apenas a primeira fase do projeto Pilot Survey WALLABY (The Widefield ASKAP L-band Legacy All-sky Blind surveY) publicada no lançamento recente de dados, agora disponível para a comunidade científica.

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Com as demais fases do WALLABY, os pesquisadores esperam ter no mapa 3D 250 mil galáxias. Isso ajudará a medir a distribuição de matéria escura, movimento interno das galáxias e como tudo isso interage e evolui para a forma que conhecemos hoje.

Isso só é possível graças às observações dos objetos em emissões de rádio — eles não seriam detectáveis em comprimentos de onda da luz visível por causa da nossa própria Via Láctea, que está entre nós e as galáxias alvo, bloqueando-as com suas estrelas e nuvens de poeira.

Uma das vantagens do mapeamento 3D é que, além de ajudar na compreensão das galáxias em todas as dimensões, mostrará onde elas estão em relação umas às outras, separando as que parecem agrupadas (do nosso ponto de vista), mas estão milhões de anos-luz distantes uma da outra.

O WALLABY também detectará e mapeará diretamente o gás hidrogênio, o elemento básico da formação de estrelas. Com todos esses dados, os astrônomos poderão agrupar aquelas realmente próximas para estudar como elas interagem entre si e como elas afetam umas às outras durante suas evoluções.

Por fim, muitas das mais de 600 galáxias já mapeadas não haviam sido catalogadas até então. “Mais de uma dúzia de artigos foram publicados até agora descrevendo novas descobertas dessas observações iniciais”, disse o pesquisador principal do WALLABY e co-autor do estudo, Lister Staveley-Smith.

O Pilot Survey WALLABY foi publicado no Publications of the Astronomical Society of Australia.

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Fonte: ICRAR