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Imagem incrível de 9 gigapixels revela detalhes do centro da Via Láctea

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ESO/VVV Survey/D. Minniti/Ignacio Toledo/Martin Kornmesser
ESO/VVV Survey/D. Minniti/Ignacio Toledo/Martin Kornmesser

Contando com o telescópio terrestre VISTA (Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy), o pessoal do ESO (Observatório Europeu do Sul) montou uma imagem impressionante com um total de 9 gigapixels mostrando o centro da Via Láctea — e é possível dar zoom, clicando aqui, para ver uma quantidade incrível de detalhes, incluindo quase 100 milhões de estrelas.

A imagem foi divulgada em 2012, mas recentemente o astrofísico Ethan Siegel, do blog Starts With A Bang, analisou-a com olhar clínico e trouxe alguns insights e explicações interessantes sobre o centro galáctico que vemos na divulgação do ESO. Primeiro, ele avalia a imagem geral, sem zoom, e detalha algumas coisas que já dá para observar à primeira vista.

Na imagem acima, vemos a parte central da Via Láctea em infravermelho, com algumas marcações mostrando onde estão algumas nebulosas e aglomerados ao seu redor. Vemos exatamente onde ficam a Nebulosa da Lagoa (Messier 8), a Nebulosa Trífida (Messier 20), a Nebulosa Guerra e Paz (NGC 6357) e a Nebulosa da Pata do Gato (NGC 6334), por exemplo, que ficam visíveis mesmo em baixa resolução. Já os demais pontos exigem o zoom na imagem para serem identificados.

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Imagens como essa só são possíveis graças a observatórios capazes de enxergar a região do infravermelho do espectro eletromagnético, pois conseguem ver o que há por trás de nuvens de gás e poeira que impedem a visualização direta por meio do espectro visível.

Nesta outra imagem (acima), vemos detalhes da Nebulosa da Lagoa, após dar um zoom na montagem do ESO. Ela se concentra no canto superior direito da foto. A região é um berçário de estrelas e, no infravermelho, aparece bastante diferente de como estamos acostumados a vê-la em fotos da luz visível (abaixo), nas quais ela se mostra em tons avermelhados e intensos.

Já a Nebulosa Trífida combina belos tons de azul e vermelho quando observada pela luz visível, como você vê abaixo.

Contudo, na imagem em infravermelho, ela aparece com coloração azul e mais empoeirada no lado em que nascem suas estrelas. No lado esquerdo da imagem, vemos estrelas bastante brilhantes, que podem ser gigantes ou supergigantes vermelhas.

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E, ao focar no centro exato da galáxia, vemos milhões de estrelas que ficam completamente invisíveis nas observações de luz visível, sendo possível enxergá-las apenas com instrumentos que "leem" o infravermelho.

Contudo, nem mesmo a luz infravermelha pode penetrar locais onde a poeira é extremamente densa e espessa, e muito do que há ali dentro permanece um mistério. Mais um zoom na parte mais interna do centro da galáxia mostra faixas de poeira que continuam escondendo o que há ali atrás, conforme você pode conferir na imagem abaixo.

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Fonte: ESO, Forbes