Há 49 anos, Neil Armstrong dava seu primeiro passo na superfície da Lua
Por Carlos Dias Ferreira | 20 de Julho de 2018 às 15h15
A exatos 49 anos, a bota de Neil Armstrong tocava pela primeira vez a superfície da Lua. No dia 20 de julho de 1969, depois de uma viagem inédita de quatro dias, a equipe formada por Armstrong, por Edwin “Buzz” Aldrin e por Michael Collins anunciava à base da NASA em Houston: “A Águia pousou”. A primeira missão espacial tripulada havia pousado no satélite natural da Terra.
Em superfície, a ocasião foi comemorada por mais de 530 milhões de pessoas ao redor do globo, que então ouviam a frase cuidadosamente preparada por Armstrong para a ocasião – e até hoje repetida à exaustão como menção a eventos grandiosos: “Um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade”. Aldrin seria o segundo a dar o passo histórico, cuja primeira impressão foi eternizada por um espontâneo: “É uma desolação magnífica”.
Após a descida do módulo, os astronautas gastaram aproximadamente duas horas e meia “passeando”, tirando fotografias e coletando amostras no Mar da Tranquilidade. Como registro formal da viagem, a equipe deixa na superfície uma placa em que se lê: “Aqui, homens do planeta Terra colocaram os pés pela primeira vez na Lua. Julho de 1969 D. C. Nós viemos em paz em nome de toda a humanidade” (Here men from planet Earth first set foot upon the moon. July 1969 A.D. We came in peace for all mankind).
Complicações no pouso
Se toda a missão da Apollo 11 foi eminentemente histórica, o seu pouso na Lua sem dúvida não foi nada menos do que épico. A começar pela escolha do piloto automático, que apontava como lugar de aterrissagem um local cheio de pedregulhos e crateras que poderia ter abreviado tragicamente a viagem. Para complicar ainda mais, o computador de bordo passara a emitir sinais de sobrecarga.
A solução veio da habilidade de Armstrong. Faltando 150 metros para tocar a superfície e com combustível para apenas mais 20 segundos de voo, o astronauta resolve pilotar a Águia manualmente, tal como se fosse um helicóptero. Um local mais apropriado para a chegada foi então escolhida “a olho”. Ao anunciar o sucesso do pouso, a Apollo 11 recebe da Terra a resposta: “Ok, recebemos a mensagem. Vocês deixaram muita gente quase azul deste lado – agora já podemos respirar de novo”.
O discurso fúnebre no paletó de Richard Nixon
Conta-se que os riscos envolvidos na missão da Apollo 11 toda foram tão grandes que o então presidente dos EUA, Richard Nixon, deixou preparado um discurso para o caso altamente provável de um desastre. “A fatalidade determinou que aqueles homens que foram para a Lua explorá-la em paz permanecessem na Lua para descansar em paz”.
Mas o pior não aconteceu, é claro. Após permanecer no espaço por 8 dias, 3 horas, 18 minutos e 35 segundos, a Apollo 11 então caía amparada por três paraquedas no meio do Oceano Pacífico em 24 de julho de 1969. Ao final, Armstrong, Aldrin e Collins materializam a meta proposta por John F. Kennedy de colocar o homem na lua antes do final da década – garantindo inegável vantagem aos EUA na corrida espacial.
Fonte: NASA