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Foto do telescópio espacial James Webb traz estrelas Herbig-Haro 46/47

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  |  • 

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NASA, ESA, CSA, J. DePasquale (STScI)
NASA, ESA, CSA, J. DePasquale (STScI)

Uma nova foto do telescópio James Webb mostra duas estrelas jovens em formação. A imagem foi divulgada pela NASA e Agência Espacial Europeia nesta quarta-feira (26), revelando as estrelas Herbig-Haro 46 e 47, localizadas a cerca de 1.470 anos-luz de nós e observadas no infravermelho próximo.

Estas estrelas já foram estudadas por vários telescópios espaciais e em solo desde a década de 1950. Mesmo assim, o James Webb é o primeiro observatório a capturar uma imagem delas em alta resolução neste comprimento de onda.

O resultado é uma foto com enorme riqueza de detalhes, proporcionados pela proximidade das estrelas e pelas várias exposições feitas. Com os dados do Webb, os cientistas podem entender melhor a atividade delas, bem como o que existe na nuvem de poeira que as cerca.

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Talvez você esteja se perguntando onde elas estão em meio a tantos detalhes. Para encontrar as estrelas, procure as pontas de difração com cor rosa e vermelha até identificar a área alaranjada, no centro da foto. Herbig-Haro 46 e 47 estão ali, mergulhadas em um disco de gás e poeira que alimenta sua evolução conforme ganham massa.

O disco não é visível, mas suas sombras, sim — elas estão nas áreas com formato de cone, que cercam a região central da imagem. As formas alaranjadas, por sua vez, foram criadas por ejeções antigas das estrelas, enquanto as emissões mais recentes delas aparecem nas estruturas azuladas parecidas com filamentos, com padrões ondulados no lado direito e esquerdo.

As emissões ajudam a regular a quantidade de matéria que vai ser retida pelas estrelas. Ainda vai levar milhões de anos até estas estrelas finalizarem suas formações, e quando isso acontecer, as ejeções de matéria e outras formações vão desaparecer e elas vão assumir a cena, brilhando junto do fundo repleto de galáxias.

Outra bela estrutura que merece atenção na foto é a área azulada. Ela é formada por gás e poeira, sendo considerada tanto uma nebulosa quanto um glóbulo de Bok que, se fosse observado na luz visível, teria aparência bem escura. Como a foto foi feita no infravermelho próximo, é possível observar o que há no interior das camadas da nuvem.

Fonte: ESAWebb