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Foto de galáxias em colisão mostra futuro da Via Láctea e Andrômeda

Por| Editado por Patricia Gnipper | 25 de Outubro de 2023 às 18h22

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International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA
International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA

O telescópio Gemini Sul, do Observatório Internacional Gemini, capturou uma imagem da galáxia peculiar NGC 7727, formada pela colisão entre duas galáxias do tipo espiral. Em seu interior, há um par de buracos negros supermassivos, que são os mais próximos já detectados perto da Terra.

Há grandes faixas de poeira interestelar e gás na imagem, lembrando a aparência de um belo algodão doce. Eles aparecem cercando o núcleo de suas galáxias de origem que se envolveram na colisão, agora repletas de regiões de formação estelar cercadas por poeira.

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Os braços espirais são algumas das partes mais conhecidas das galáxias espirais, mas, nesta foto, eles não têm a estrutura definida que conhecemos. Na verdade, eles aparecem distorcidos como resultado das interações entre as galáxias.

No centro deles, estão buracos negros supermassivos com 154 milhões e 6,3 milhões de massas solares. Estes gigantes cósmicos estão separados por aproximadamente 1.600 anos-luz, mas isso deve mudar em 250 milhões de anos, quando vão se fundir em um só buraco negro ainda mais massivo, dispersando ondas gravitacionais.

Como NGC 7727 ainda exibe os efeitos do impacto, grande parte das estruturas na imagem brilham com a luz de estrelas jovens e regiões de formação estelar. Existem mais de 20 objetos ali que são considerados possíveis aglomerados estelares.

Futuro da Via Láctea

Além de sua beleza, NGC 7727 nos dá um gostinho do que esperar da colisão entre a Via Láctea e Andrômeda. Quando a poeira dela se acomodar, NGC 7727 deve se transformar em uma galáxia do tipo elíptica, formada por estrelas mais antigas e baixa formação de novas delas.

Já o encontro entre a Via Láctea e Andrômeda deve acontecer em quatro bilhões de anos. Durante a colisão, é provável que o Sol passe a ocupar uma nova posição em nossa galáxia, e as estrelas de ambas devem passar ilesas pelo encontro devido à grande distância entre elas.

A fusão vai acontecer durante dois bilhões de anos, resultando em uma enorme galáxia que provavelmente deve ser do tipo espiral. A galáxia recém-formada vai ter várias estrelas novas, formadas antes que as reservas gasosas ali se esgotem.

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Fonte: NOIRLab