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Explosões de estrelas podem afetar até os planetas longe delas

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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NASA/CSC/M.Weiss
NASA/CSC/M.Weiss

Os raios X emitidos pela explosão de estrelas massivas podem alcançar até os planetas a mais de 100 anos-luz, o que traz implicações para o estudo destes mundos e a possibilidade de terem condições para abrigar vida. A descoberta foi feita por astrônomos que trabalharam com dados do observatório Chandra, junto daqueles de outros telescópios.

A ameaça a estes planetas vem da onda gerada pela explosão, que atinge o gás denso ao redor da estrela que chegou ao fim de sua vida. Quando ocorre, o impacto gera uma grande quantidade de raios X que, além de serem capazes de alcançar o mundo em questão meses após o evento, podem durar décadas e têm potencial para causar extinções.

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Tais extinções seriam uma consequência das interações entre os raios X e a atmosfera do planeta, que poderia sofrer grandes mudanças em sua composição química. Se considerarmos um mundo semelhante ao nosso, o processo poderia inclusive destruir parte significativa da camada de ozônio, essencial para a proteção contra a radiação ultravioleta.

Já no caso de anos de exposição aos raios X de uma supernova, somada aos impactos da radiação ultravioleta da estrela em um mundo semelhante à Terra, poderia haver ainda outro efeito: a formação de grande quantidade de dióxido de nitrogênio, que cobriria a atmosfera em uma névoa marrom.

Estas descobertas vêm de observações de raios X de 31 supernovas, causadas pelo colapso de estrelas massivas sobre si próprias. Os dados, coletados pelos telescópios Chandra, XMM-Newton e outros, mostram que os planetas podem ser expostos a doses “letais” de radiação mesmo se estiverem a até 160 anos-luz de onde a supernova ocorreu.

Em meio às mais de 30 supernovas estudadas, foi a SN 2010jl que produziu a maior quantidade de raios X observada — segundo a equipe, ela parece ter emitido uma dose letal de raios X para planetas semelhantes à Terra a menos de 100 anos-luz.

A boa notícia é que nosso Sistema Solar está em um local seguro em relação às supernovas. Entretanto, isso não se aplica a outros planetas da nossa galáxia: devido a estas explosões altamente energéticas, a zona habitável galáctica (onde há condições para o desenvolvimento da vida como conhecemos) pode ficar menor.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista The Astrophysical Journal.

Fonte: The Astrophysical Journal; Via: NASA

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