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Explosão de raios-X em buraco negro próximo revela detalhes de nuvens de poeira

Por| Editado por Patricia Gnipper | 10 de Agosto de 2021 às 15h30

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NASA/CXC/U.Wisc-Madison/S. Heinz/Pan-STARRS
NASA/CXC/U.Wisc-Madison/S. Heinz/Pan-STARRS
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Uma nova imagem divulgada pela equipe da missão Chandra, da NASA, mostra como as ondulações em raios-X emitidas por um buraco negro deixam um registro nas nuvens de poeira do meio interestelar. As ondas foram criadas por uma explosão inesperada do sistema binário V404 Cygni, composto por um buraco negro que se alimenta de uma pequena estrela companheira.

A observação dessa explosão de raios-X já havia sido registrada em 2015 pelo Observatório Neil Gehrels Swift, um telescópio espacial da NASA que estuda os raios gama, e, mais tarde, pelo Chandra. A radiação foi tão intensa que os cientistas tiveram que posicionar o V404 Cygni entre os detectores do telescópio para não danificar o equipamento.

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Dessa vez, a imagem divulgada combina os círculos concêntricos das ondulações em raios-X com observações do céu na luz visível e infravermelho. O resultado revela a explosão do buraco negro e a multidão de objetos cósmicos distantes — uma visão que só é possível graças ao telescópio de raios-X, já que as ondulações são invisíveis ao olho humano.

O V404 Cygni fica a 7.800 anos-luz de distância da Terra, o que permite aos cientistas um estudo detalhado dos fenômenos desencadeados pela atividade do objeto. Uma vez que a radiação atravessa nuvens de poeira antes de chegar até os telescópios, os cientistas obtém, literalmente, um raio-X desse trecho do universo. Por exemplo, o diâmetro dos anéis revela as distâncias e a composição dessas nuvens de poeira.

Na imagem original, são oito anéis concêntricos, mas a equipe do Chandra decidiu simplificar para uma melhor visualização. Os círculos maiores e mais externos são os raios-X impressos em uma nuvem de poeira mais próxima da Terra, enquanto os anéis menores são resultado da interação com nuvens mais afastadas. As ondulações aparecem como anéis estreitos em vez de anéis largos ou halos porque a explosão de raios-X durou por pouco tempo.

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Quanto à composição das nuvens de poeira revelada pelos raios-X, os pesquisadores descobriram que se trata de misturas de grãos de grafite e silicato. Além disso, os anéis mais internos revelaram que as densidades das nuvens de poeira não são uniformes em todas as direções. É provável que ainda vejamos muitos estudos sobre esse buraco negro, já que explosões como essa foram registradas em 1938, 1956 e 1989.

Fonte: NASA