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Experimento brasileiro será testado no espaço como fruto da missão Garatéa-ISS

Por| 25 de Julho de 2019 às 13h26

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Nasa
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Nesta semana, um experimento criado por estudantes brasileiros partirá rumo à Estação Espacial Internacional (ISS) como fruto da missão Garatéa-ISS — criada por Lucas Fonseca, mestre em engenharia de sistemas espaciais que trabalhou na missão Rosetta (da ESA).

O lançamento, na verdade, estava marcado para o final da tarde de quarta-feira (24), mas foi cancelado em cima da hora por conta do mau tempo. Uma nova tentativa de voo será feita na noite desta quinta (25), levando o experimento de estudantes de Xanxerê, em Santa Catarina, que venceu a edição de 2018 da Garatéa-ISS.

O projeto vai testar o filtro de barro brasileiro no espaço, considerado o melhor filtro de água do mundo por muitos. O experimento conta com algodão para permitir a capilaridade na filtração da água, vencendo as barreiras da microgravidade. Ainda, nossos filtros de barro usam carvão ativo no lugar do iodo que atualmente é usado para filtrar a água no espaço. Como o iodo é prejudicial à saúde se não for totalmente removido da água para o consumo, a ideia é testar uma solução, proposta pelos estudantes com o uso do carvão, que não é tóxico.

No ano passado, a Garatéa-ISS enviou à estação o experimento de um "cimento espacial", que usa plástico feito de cana-de-açúcar, visando o uso do material em construções espaciais do futuro. Este foi o vencedor da edição de 2017 do concurso, por sinal.

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Garatéa-ISS 2019 está em andamento

As inscrições para a Garatéa-ISS de 2019 estão abertas ainda, e escolas públicas e particulares de todo o Brasil podem participar. A missão é um consórcio brasileiro que prepara alunos interessados em participar do Student Spaceflight Experiments Program (SSEP), que é um concurso do governo dos EUA para selecionar um experimento estudantil a ser levado à ISS todos os anos.

Para se inscrever, é só acessar o site do projeto e enviar sua proposta até o dia 11 de agosto, sendo que as escolas públicas pagam uma taxa de R$ 50 para participar, valor que sobe para R$ 400 para as escolas privadas. Esse valor garante, além da participação no programa, todo o suporte da equipe da Garatéa-ISS durante as etapas do programa, o que inclui capacitação remota de professores.

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Os experimentos, a serem propostos por grupos de quatro estudantes, podem ser parte de diversas áreas da ciência, incluindo física, química e biologia. Três dos melhores projetos serão selecionados em dezembro deste ano para que a NASA escolha o projeto finalista, que será lançado à ISS possivelmente entre maio e agosto de 2020.