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Estas estrelas jovens têm discos protoplanetários diferentes do esperado

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)
ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)

Já se sabe que os planetas são formados em discos ao redor de estrelas jovens, mas, afinal, em que etapa da vida destas estrelas novos planetas começam a se formar? Para descobrir, uma equipe internacional de pesquisadores usou o observatório ALMA para observar discos ao redor de estrelas próximas da Terra, em busca de sinais de formação de novos mundos.

Tanto o Sol quanto outras estrelas semelhantes à nossa nasceram de um processo bastante parecido, que inclui a formação de um disco ao redor da estrela recém-formada. É neste disco que novos planetas são formados. Os discos protoplanetários costumam durar alguns poucos milhões de anos, ou seja, os sistemas planetários têm este tempo para serem finalizados.

Os cientistas ainda não entendem exatamente a velocidade de formação planetária nos discos e, para descobrir, eles observaram 19 protoestrelas a cerca de 650 anos-luz da Terra. As observações dos discos delas mostraram que as estruturas ao redor das estrelas jovens são diferentes em comparação com os discos protoplanetários mais evoluídos.

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Em meio às 19 protoestrelas, foram somente algumas delas que tinham discos com anéis e aberturas, ou seja, eles tinham sinais que indicavam planetas se formando e coletando material do disco. Estas pistas de formação planetária foram encontradas nos discos ao redor das estrelas mais evoluídas.

Eles notaram também que a poeira, um “ingrediente” necessário para a formação dos planetas, não estava acomodada no plano médio dos discos. Na verdade, ela estava suspensa, fazendo com que eles pareçam ser mais espessos na vertical.

Já nos discos mais evoluídos, a poeira se ajustou no plano médio, fazendo com que pareçam ser muito mais finos do que realmente são. “Não esperávamos ver diferenças tão claras entre discos ao redor de protoestrelas e discos mais evoluídos”, observou Nagayoshi Ohashi, autor que liderou o estudo.

Ele acrescentou que os resultados sugerem que os discos ao redor de protoestrelas não estão totalmente prontos para formar novos planetas. “Acreditamos que a formação real do sistema planetária avança rapidamente nos 100 mil a 1 milhão de anos após o início da formação estelar”, finalizou.

Os autores descreveram as descobertas em uma série de artigos, publicada na revista Astrophysical Journal.

Fonte: The Astrophysical Journal (1, 2, 3, 4) Via: ALMA