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Esta pode ser a primeira exolua já descoberta pela humanidade

Por| 04 de Outubro de 2018 às 18h49

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NASA, ESA, L. Hustak
NASA, ESA, L. Hustak

Um mundo do tamanho de Netuno pode ser a primeira exolua já descoberta pela humanidade. Exolua é o nome dado a satélites naturais de exoplanetas — aqueles que orbitam outras estrelas além do nosso Sol —, e indícios do objeto em questão foram detectados pelos telescópios espaciais Kepler e Hubble, da NASA.

O que se encontrou foram evidências de sua existência, não se tendo ainda uma confirmação de que ele se trata de uma exolua propriamente dita. Contudo, os dados são promissores, e os cientistas acreditam que o objeto esteja orbitando o exoplaneta Kepler-1625b, que está a 8 mil anos-luz de distância.

David Kipping, astrônomo da Universidade de Columbia e autor do estudo, explicou que "nós tentamos o melhor para descartar outras possibilidades, como anomalias de naves espaciais, outros planetas no sistema ou atividade estelar, mas não conseguimos encontrar nenhuma outra hipótese única que possa explicar todos os dados que temos". Ainda assim, Alex Teachey, outro autor do estudo, enfatiza que as observações ainda não batem o martelo na detecção da primeira exolua conhecida.

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"Se validado [o estudo], o sistema planeta-lua — um Júpiter com uma lua do tamanho de Netuno — seria um sistema notável com propriedades imprevistas", complementa Kipping. O telescópio Kepler, que está em sua fase final de missão e já foi substituído pelo TESS, ficou conhecido como "caçador de exoplanetas" usando o método do trânsito — em que se observam pequenas mudanças no brilho de uma estrela causados pela passagem de um planeta em sua frente. Dessa maneira, o Kepler proporcionou a descoberta de milhares de exoplanetas desde o início de suas atividades, em 2009.

A dupla de pesquisadores, então, notou um estranho desvio na curva de luz gerada pelo trânsito de 19 horas do Kepler-1625b, que é cerca de três vezes maior do que Júpiter. Então, já com o Hubble, a dupla conseguiu observar outro trânsito do mesmo planeta, vendo "anomalias substanciais" entre as observações.

Conforme explicou Kipping, "a primeira é que o planeta parece transitar uma hora e quinze minutos antes, o que indica que há algo gravitacionalmente puxando o planeta; a segunda é uma diminuição adicional no brilho da estrela após o trânsito planetário ter terminado". Sendo assim, essas anomalias podem ser explicadas com uma lua na órbita do exoplaneta em questão, pois não há indícios de outro planeta no mesmo sistema estelar "puxando" o Kepler-1625b.

A candidata a exolua está a 1,9 milhão de quilômetros de seu planeta hospedeiro (oito vezes mais longe do que a Lua está da Terra). Mas por ser tão grande (do tamanho de Netuno), o objeto teria o dobro do tamanho no céu de seu planeta em comparação ao tamanho em que vemos a Lua no céu da Terra.

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Fonte: Space.com