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Eclipse solar total deste sábado não será visível no Brasil; entenda por quê

Por| Editado por Patricia Gnipper | 03 de Dezembro de 2021 às 17h57

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NASA/Aubrey Gemignani
NASA/Aubrey Gemignani

O único eclipse solar total deste ano acontece no sábado (4), mas será um evento para poucos. Ele poderá ser visto apenas na Antártida e nas águas circundantes, com algumas fases parciais visíveis na Austrália, Nova Zelândia, Argentina e África do Sul. O motivo é simples: quando o eclipse acontecer, será madrugada aqui no Brasil — ou seja, o eclipse acontece em um momento em que o Sol não está visível em nosso céu.

Em muitos locais onde o eclise solar total será visível, ele acontecerá antes, durante e depois do nascer do Sol ou do pôr do Sol. Então, os observadores nessas regiões terão que procurar uma visão clara do horizonte para ver o eclipse. A melhor visibilidade será na Antártida e nas águas circundantes — mas a boa notícia é que sempre dá para contar com transmissões ao vivo pela internet.

O que é um eclipse solar?

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Um eclipse solar ocorre quando a Lua fica entre a Terra e o Sol, o que só é possível durante a fase da Lua Nova. Nessas ocasiões, a Lua aparece durante o dia porque se posiciona de frente para o lado iluminado da Terra. Não é sempre que uma Lua Nova causa um eclipse, pois a órbita lunar é um pouco inclinada em relação à linha imaginária entre o Sol e a Terra, então é mais comum nosso satélite natural passar um pouco acima ou abaixo dessa linha.

Ao contrário dos eclipses lunares, que podem durar mais de três horas, eclipses solares costumam ser muito curtos, já que a sombra da Lua projetada na Terra é pequena — tão pequena que parece até estranho que, às vezes, a Lua consiga cobrir todo o disco solar em um eclipse total. Por sinal, alguns cientistas desconfiam que haja mais do que uma mera coincidência por trás desse ajuste tão perfeito.

Como será o eclipse solar total de 2021

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O único eclipse solar total deste ano durará apenas 1 minuto e 54 segundos, ou menos, dependendo de onde você estiver. Entretanto, a fase parcial do eclipse vai durar cerca de uma hora.

Outro detalhe importante é que neste eclipse, a Lua cobrirá totalmente a face do Sol, porque estará um pouco mais perto da Terra. Com isso, não aparecerá o famoso "anel de fogo" ao redor da Lua escurecida, mas provavelmente surgirá o "halo" da coroa solar.

Este halo luminoso, embora pareça sutil e inofensivo, é altamente perigoso para os olhos humanos. Por isso nunca devemos olhar diretamente para um eclipse solar. A coroa do Sol é uma espécie de "atmosfera" de nossa estrela, bem acima da superfície, mas é a região mais quente.

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Como observar o eclipse solar

Se você por acaso estiver nas regiões de visibilidade na Antártida, Nova Zelândia, Austrália, Argentina e África do Sul, lembre-se de usar algum equipamento de segurança, ou até mesmo encontre algum modo de observar o eclipse através da sombra.

Isso pode ser feito até mesmo se você encontrar uma árvore — a sombra da folhagem terá alguns pontos luminosos por causa dos espaços entre as folhas; durante o eclipse, esses pontos luminosos terão o formato do Sol sendo gradualmente bloqueado pela Lua.

Mas se você não estiver nas regiões contempladas, poderá acompanhar alguma transmissão ao vivo pela internet. A NASA, por exemplo, transmitirá o eclipse solar ao vivo na sua página NASA Live, por meio da Union Glacier, na Antártica. Já se preferir uma live em português, pode acessar o vídeo abaixo e definir um lembrete para não perder a hora.

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A oportunidade é singular, já que, depois do dia 4, o próximo eclipse solar total acontece apenas no dia 20 de abril de 2023.

Fonte: NASASky&Telescope, timeanddate.com