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Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (12/06 a 18/06/2021)

Por| Editado por Patricia Gnipper | 19 de Junho de 2021 às 11h00

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S. Lenz/J. Navara, G. Clouder, R. Discombe/NASA/K. M. Gill
S. Lenz/J. Navara, G. Clouder, R. Discombe/NASA/K. M. Gill
Tudo sobre NASA

Mais um sábado chegou! O compilado de imagens astronômicas desta semana inclui duas fotos incríveis de eclipses parciais recentes — e, aliás, uma delas conta até com um efeito interessante, causado pela refração da luz na atmosfera terrestre. Você encontrará também uma imagem bem recente da lua Ganimedes, a maior do Sistema Solar, que foi sobrevoada de pertinho pela sonda Juno.

Por fim, aproveite para conhecer os detalhes da Nebulosa Crescente e da Constelação do Escorpião, além de conferir um "retrato de família" do rover Zhurong, da China, junto de sua plataforma de pouso em Marte. Como de costume, tudo isso está acompanhado de várias curiosidades sobre as imagens e os objetos que mostram, conforme foi feita a seleção da semana no site APOD, da NASA.

Sábado (12/06) — Eclipse parcial  

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Duas vezes por ano, em um período de aproximadamente 34 dias, o Sol, a Lua e a Terra podem ficar quase alinhados. Depois, quando a Lua passa pelas fases cheia e nova, separadas por um intervalo de 14 dias, acontecem eclipses lunares e solares — e, dependendo do alinhamento da Lua nova e cheia em uma única temporada dessas, pode acontecer de ocorrer um par de eclipses solares e anulares, tanto com os dois sendo totais ou um total e um anular.

A temporada mais recente de eclipses trouxe uma Lua nova, que ocorreu após o eclipse lunar total do dia 26 de maio. O fenômeno produziu um eclipse solar anular na região do hemisfério Norte, que rendeu este belo registro feito em Connecticut, nos Estados unidos. Aqui, o fotógrafo registrou o nascer do Sol durante o eclipse parcial, em 10 de junho.

Domingo (13/06) — Uma grande supercélula

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Calma, essa formação estranha não é um fenômeno estranho de outro mundo, mas sim uma tempestade não muito amigável que pode ocorrer em vários lugares da Terra. Trata-se de uma “supercélula”, um tipo de tempestade que pode causar tornados, chuvas fortes, rajadas de vento e granizo. Elas também abrigam os mesociclones, fenômenos que nascem de uma coluna ascendente de ar cercada por bolsas de ar em movimento descendente. A boa notícia é que dá para acompanhar a evolução de uma supercélula sem precisar estar perto dela e enfrentar seus efeitos.

Esta animação, feita com a técnica de timelapse, mostra quatro diferentes sequências de uma supercélula. A nuvem apresentava um movimento de rotação sobre a cidade de Booker, no Texas, e é possível observar outras nuvens se formando perto do centro da tempestade, enquanto a poeira gira no solo e raios iluminam o céu — tudo isso acontecendo enquanto as nuvens superiores giravam. Depois de algumas horas, veio o alívio com uma forte chuva que caiu, seguida da dissipação da tempestade.

Segunda-feira (14/06) — A lua Ganimedes 

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A sonda Juno sobrevoou a maior lua do Sistema Solar a apenas 1.000 km de sua superfície e nos proporcionou este registro “fresquinho”. Aqui, vemos Ganimedes, uma das luas de Júpiter cujo diâmetro ultrapassa até mesmo os de Mercúrio e Plutão. Este mundo distante tem sua superfície congelada marcada por crateras jovens, que se misturam com outras mais antigas.

Tudo isso resulta em uma superfície acidentada, que é também um excelente objeto de pesquisas para cientistas que buscam entender se as características do relevo de Ganimedes podem ser causadas por grandes placas de gelo em movimento. Após a visita a Ganimedes, o período orbital da sonda foi reduzido de 53 para 43 dias. Agora, a Juno segue estudando a gravidade do planeta gigante, suas nuvens complexas e seu campo magnético.

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Terça-feira (15) — Foto em família 

A China fez história ao pousar o rover Zhurong em Marte, durante o mês de maio. Desde então, o veículo já explorou um pouco dos arredores de Utopia Planitia, local conhecido por ser a maior bacia de impacto conhecida no Sistema Solar e por ter grande quantidade de gelo subterrâneo. Assim, na semana passada, a China divulgou algumas imagens feitas pelo rover — incluindo a que você viu acima, que é uma espécie de "retrato de família” mostrando o rover Zhurong junto de sua plataforma de pouso. A foto foi tirada por uma câmera remota, que foi liberada pelo veículo após seu pouso seguro.

O nome Zhurong significa “Deus do Fogo” na antiga mitologia chinesa e, aliás, foi uma ótima escolha, já que o nome “Marte”, em chinês, significa “Planeta do Fogo”. A missão do Zhurong deverá durar 90 dias, para estudos da geologia, solo e atmosfera marcianas. Para isso, o veículo está equipado com vários instrumentos científicos — incluindo um radar de penetração do solo, capaz de identificar gelo a até 100 m de profundidade.

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Quarta-feira (16) — Os detalhes do Escorpião

A constelação de Escorpião, que pode ser vista no céu do hemisfério Sul durante a metade do ano, pode ser observada a olho nu. Mas, se você tiver em mãos uma boa câmera, um local escuro e distante da poluição luminosa e aplicar técnicas de processamento de imagens, conseguirá apreciar toda a beleza do que existe por lá. Esta imagem foi feita com uma exposição de 17 horas e, no lado direito da foto, encontramos o plano da Via Láctea e algumas de suas grandes nuvens de estrelas brilhantes, acompanhadas por longos filamentos de poeira escura.

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Algumas estrelas do lado esquerdo da imagem formam a “cabeça” e “garras” do Escorpião, junto de Antares, que pode ser facilmente reconhecida por seu brilho intenso. Há algumas manchas escuras de poeira por ali, que formam o chamado “Rio Escuro”, enquanto nebulosas de emissão vermelha, de reflexão azul e filamentos escuros podem ser vistos.

Quinta-feira (17) — Nebulosa Crescente 

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Quando três astrofotógrafos se unem em uma colaboração para realizar uma exposição de mais de 30 horas, o resultado é algo como este belo retrato da Nebulosa Crescente. Localizada na direção da constelação de Cygnus, o Cisne, essa nebulosa foi formada por uma estrela massiva que chegou ao fim de sua vida. Assim, a imagem mostra o material da estrela sendo “empurrado” pela ação do vento estelar — e pode não parecer, mas, a cada 10 mil anos, esse vento libera uma quantidade de material que chega à massa do Sol.

Aliás, é bastante provável que o vento também seja o "culpado" pelas estruturas que vemos ali, que podem ter sido formadas por interações entre o vento e o material ejetado inicialmente. A estrela que fica no centro da nebulosa é classificada como Wolf-Rayet. H, ou seja, o que significa que ela tem altíssima temperatura e vida curta; quando chegar ao fim de sua vida, esta estrela poderá explodir em uma supernova espetacular.

Sexta-feira (18) — Um nascer do Sol diferente

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O nascer do Sol em New Jersey, Estados Unidos, foi diferente neste dia: a atmosfera da Terra refratou a luz e causou esse efeito diferente, que pareceu ter "achatado" o Sol. Além da distorção causada pela atmosfera, nossa estrela nasceu parcialmente coberta pela Lua devido ao eclipse solar ocorrido no início do mês, que proporcionou esta visão parcial do nosso astro. Já em outras regiões, foi possível observar um eclipse solar anular, em que o Sol parece envolver a Lua com um "anel de fogo".

Fonte: NASA