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Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (08/01 a 14/01/2022)

Por| Editado por Patricia Gnipper | 15 de Janeiro de 2022 às 11h00

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M. Harbison, Marathon Remote Imaging Obs./B. Estes/J. Dain
M. Harbison, Marathon Remote Imaging Obs./B. Estes/J. Dain
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As imagens astronômicas desta semana, reunidas no site Astronomy Picture of the Day (APOD), estão bem variadas. Entusiastas das nebulosas vão se maravilhar com um registro incrível da Nebulosa do Espaguete, e também conferem as nebulosas da Chama e da Cabeça de Cavalo, acompanhadas por estrelas da constelação de Órion.

Outro objeto que aparece no compilado desta semana é o cometa Leonard, registrado em vídeo por uma sonda que estuda o Sol e por um observatório na Austrália. E claro que você encontra belas imagens de outros objetos, sempre acompanhadas de curiosidades sobre eles.

Sábado (08) — A primeira chuva de meteoros de 2022

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Os rastros brilhantes que aparecem nesta foto vêm da chuva de meteoros Quadrantídeos. A maioria das chuvas de meteoros leva o nome das constelações de onde elas parecem vir, mas, no caso desta, há uma pequena diferença: a constelação Quadrans Muralis, que inspirou o nome do fenômeno, não é mais reconhecida.

Então, como Quadrans Muralis é uma constelação obsoleta, hoje dizemos que os Quadrantídeos têm radiante (o caminho de onde os meteoros parecem vir) próximo da constelação da Ursa Maior.

A chuva dos Quadrantídeos é a primeira que ocorre no ano, sendo que o pico da de 2022 aconteceu no início da noite do dia 3 de janeiro. A foto foi feita no dia seguinte e, além de mostrar os meteoros, capturou também os radiotelescópios do Chinese Spectral Radioheliograph, na China.

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Domingo (09) — Júpiter pelos “olhos” do Hubble

Júpiter é o planeta que abriga a Grande Mancha Vermelha (GMV), a maior e mais duradoura tempestade do Sistema Solar. Para você ter uma ideia, a GMV tem mais de 40 mil km de extensão, o que a torna grande o suficiente para "engolir" vários planetas do tamanho da Terra facilmente. Contudo, a mancha parece estar diminuindo.

Comparações com registros históricos mostram que, hoje, a tempestade tem cerca de 30% da área de superfície exposta que apresentava no passado, há 150 anos. Então, para acompanhar estas mudanças na GMV, a NASA vem realizando monitoramentos através do programa Outer Planets Atmospheres Legacy (OPAL) com o telescópio Hubble, que rendeu a imagem acima.

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O registro foi feito em 2016 e foi processado digitalmente para que os tons de vermelho ficassem ainda mais vibrantes. Hoje, os dados mostram que a tempestade continua diminuindo sua área de superfície, mas parece estar crescendo na direção vertical. Se ela continuar encolhendo, é possível que, algum dia, desapareça completamente.

Segunda-feira (10) — Cometa Leonard

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Você deve ter visto fotos incríveis do cometa Leonard em dezembro, quando ele ficou próximo da Terra. Agora, você pode vê-lo viajando pelo espaço, em registro do observatório Solar Terrestrial Relations Observatory-Ahead (STEREO-A), da NASA.

Esta nave orbita o Sol a uma distância parecida com a da Terra em relação à estrela, como parte da missão STEREO, que conta com naves gêmeas (as STEREO A e B) para investigar a estrutura e evolução de tempestades solares. Somente a A segue ativa.

A STEREO-A vinha acompanhando o cometa desde novembro do ano passado e produziu este vídeo incrível a partir de imagens obtidas em 14 de dezembro. A sequência mostra algumas características interessantes: perceba o forte aumento no brilho do cometa, junto de um aparente aumento na produção de gás, que forma sua grande cauda de íons.

Desde que as imagens do vídeo foram obtidas, o cometa Leonard continuou viajando em direção ao Sol, sendo que a maior aproximação entre o objeto e a nossa estrela ocorreu entre as órbitas de Mercúrio e Vênus. O cometa não se rompeu e, agora, está seguindo para fora do Sistema Solar.

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Terça-feira (11) — Cinturão de Órion e as nebulosas

Você já deve ter observado as estrelas que formam o “cinturão” na constelação de Órion, o Caçador. Popularmente conhecidas como “Três Marias”, as estrelas Mintaka, Alnilam e Alnitak aparecem nesta foto, da esquerda para a direita, acompanhadas por nuvens de gás brilhante e poeira escura. Se você reparar nelas atentamente, encontrará algumas formas conhecidas.

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No canto inferior direito, perto de Alnitak, está a famosa Nebulosa Cabeça de Cavalo, uma grande nuvem de poeira interestelar esculpida por ventos estelares e radiação espacial. Junto dela, está a Nebulosa da Chama, uma nebulosa de emissão cujas nuvens de hidrogênio brilham com a luz ultravioleta emitida por Alnitak.

Quarta-feira (12) — Cometa Leonard em detalhes

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A imagem acima mostra, em detalhes, a bela cauda de íons do cometa Leonard, formada por gás ionizado (ou seja, o gás energizado pela luz ultravioleta, vinda do Sol, sendo empurrado pelo vento solar).

A cauda mostra tons de azul, vindos de moléculas de monóxido de carbono recombinantes. Já o coma é formado por um envelope de material sendo sublimado, cercando o núcleo do cometa. O tom de verde desta região vem das moléculas de carbono diatômico, uma forma simples e instável do carbono.

Devido à ação da luz do Sol, o carbono diatômico acaba destruído em cerca de 50 horas — um estudo recente revelou que é por causa deste processo que somente a "cabeça" do cometa é verde, mas não sua cauda. 

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Quinta-feira (13) — Nebulosa do Espaguete

Se você viu a imagem acima, de um remanescente de supernova, e pensou que os filamentos dele lembram uma bela macarronada, saiba que não está sozinho — afinal, o remanescente Simeis 147 é muito mais conhecido pelo apelido “Nebulosa do Espaguete”. Localizado na direção das constelações de Touro e Cocheiro, este objeto cobre uma área equivalente a 6 Luas cheias no céu noturno.

Quando estrelas massivas chegam ao fim de suas vidas, elas explodem em grandes supernovas, poderosas o suficiente para liberar em questão de segundos toda a energia que o Sol irá emitir ao longo de sua vida. Após a supernova, o que fica para trás é o remanescente, que aquece o meio interestelar e distribui elementos pesados pela galáxia.

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O “espaguete cósmico” da imagem acima é um remanescente presente na Via Láctea, cuja luz chegou ao nosso planeta há 40 mil anos. A explosão que o originou deixou para trás um pulsar, um objeto compacto e esférico que emite luz em direções opostas enquanto gira.

Sexta-feira (14) — Galáxia espiral

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Esta é a NGC 1566, uma bela galáxia a cerca de 60 milhões de anos-luz de nós. Formada por bilhões de estrelas, ela tem braços longos e graciosos, compostos por aglomerados de estrelas e regiões escurecidas por poeira escura. Além disso, a NGC 1566 é uma galáxia de Seyfert, classificação dada àquelas cujos centros liberam fortes emissões de radiação.

É possível que este comportamento seja resultado de um buraco negro supermassivo existente por lá, que pode ter milhões de vezes a massa do Sol. A NGC 1566 é considerada a segunda mais brilhante galáxia de Seyfert, sendo ainda o maior e mais dominante membro do Grupo Dorado, formado por galáxias que, juntas, são responsáveis por um dos maiores grupos galácticos do hemisfério sul.

Neste registro, a NGC 1566 aparece “de frente” na nossa perspectiva. As áreas azuis indicam os aglomerados estelares, e as rosadas mostram regiões formadoras de estrelas. 

Fonte: APOD