Publicidade

Destaque da NASA: nebulosa escura e estrelas na foto astronômica do dia

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

Compartilhe:
Chang Lee
Chang Lee

A foto destacada pela NASA nesta segunda (22), feita por Chang Lee, traz diversas nebulosas escuras encontradas na constelação do Camaleão. Nuvens cósmicas deste tipo costumam ter brilho fraco demais para serem observadas, mas se destacam porque bloqueiam a luz de estrelas e galáxias ao fundo. 

Lee precisou de mais de 36 horas de exposição para o registro e, no fim, o esforço valeu a pena. A imagem mostra as partículas de poeira da nebulosa brilhando levemente em tons de marrom em meio a inúmeras estrelas ao fundo. 

Muito da poeira que formou esta nebulosa veio das atmosferas de estrelas gigantes, que a lançaram pelo espaço na forma de ventos estelares e de explosões, como as supernovas.

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Enquanto isso, o contraste da cena fica por conta de Beta Chamaeleontis, estrela visível no canto superior direito da foto. As partículas de poeira ao redor do astro refletem sua luz, brilhando em tons de azul e branco. 

De forma geral, muitas das estrelas e partículas de poeira na imagem fazem parte da Via Láctea. A exceção é a galáxia IC 3104, visível abaixo da estrela Beta Chamaeleontis. 

Nebulosas escuras

Nebulosas escuras como as da foto acima são nuvens interestelares de poeira. Estas estruturas são tão densas que absorvem, dispersam e bloqueiam a luz visível ao fundo, fazendo com que pareçam ser manchas escuras em meio a estrelas. 

Normalmente, as nebulosas escuras têm formato irregular — as planetárias, em contraste, costumam ter estrutura esférica. Pode não parecer, mas muitas delas são regiões ativas, onde moléculas de hidrogênio se formam e novas estrelas nascem

Entretanto, as nebulosas escuras são tão densas que, muitas vezes, estas estrelas recém-formadas ficam ocultas na luz visível. Por isso, os astrônomos usam telescópios para observá-las em comprimentos de ondas de rádio e do infravermelho, que conseguem atravessar as partículas de poeira e, assim, revelam as estrelas ali. 

Fonte: APOD