Destaque da NASA: Galáxia dos Fogos de Artifício é foto astronômica do dia
Por Danielle Cassita |

A foto destacada pela NASA nesta sexta (26) foi tirada por Roberto Marinoni e traz NGC 6946, uma galáxia espiral que aparece de frente para nós em nossa perspectiva de observação. Ela fica a 20 milhões de anos-luz da Terra e pode ser encontrada na direção da constelação de Cepheus, o Cefeu.
- Clique e siga o Canaltech no WhatsApp
- Objeto mais rápido criado pelo homem é 500 vezes mais veloz que o som
A nitidez da foto permite observar desde o núcleo da galáxia até seus braços, repleto da luz amarelada das estrelas antigas ali.
Já aglomerados estelares jovens aparecem em azul, enquanto as regiões de formação estelar brilham em vermelho.
Esta é uma galáxia bastante luminosa na luz infravermelha, rica em gás e poeira. Ali, novas estrelas são formadas constantemente, enquanto outras encerram seus ciclos de diversas formas, incluindo explosões de supernovas.
No último século, 10 supernovas foram observadas nesta galáxia — em comparação, apenas 1 ou 2 eventos do tipo ocorrem em nossa Via Láctea. Estas explosões estelares renderam à NGC 6946 o apelido “Galáxia dos Fogos de Artifício”.
O que são supernovas
A galáxia NGC 6946 e outras semelhantes abrigam supernovas, explosões que acontecem quando estrelas chegam ao fim dos seus ciclos. Estas explosões são tão poderosas que podem ofuscar completamente a galáxia, liberando mais energia do que nosso Sol vai emitir em todo o seu ciclo.
Para uma estrela explodir em supernova, é preciso que ela seja massiva. Após a explosão, os desfechos são variados: às vezes, a estrela pode colapsar em buraco negro ou em uma estrela de nêutrons, e o restante da sua massa é convertido em energia. Também é possível que a estrela seja tão massiva que cause uma explosão de raios gama.
Vários povos antigos observaram supernovas muito antes da invenção dos telescópios. A mais antiga delas é a RCW 86, vista por astrônomos chineses em 185 a.C. Segundo registros da época, a “estrela” — que nada mais era que a supernova — permaneceu visível no céu por oito meses.
Fonte: APOD