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Destaque da NASA: Galáxia do Cigarro é foto astronômica do dia

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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NASA, ESA, CSA, STScI, Alberto Bolatto
NASA, ESA, CSA, STScI, Alberto Bolatto

Algo estranho aconteceu na galáxia M82, que também é conhecida como Galáxia do Cigarro. A foto destacada pela NASA nesta segunda-feira (15) mostra que o centro galáctico é repleto de poeira e de gases vermelhos e brilhantes. A matéria pode ter vindo de um encontro com a galáxia M81, mas para os astrônomos, o ocorrido não explica por inteiro de onde veio tanto gás e poeira.

Uma possibilidade é que os ventos das partículas de várias estrelas estão se combinando em um supervento galáctico. Assim, é possível que as partículas tenham força suficiente para expulsar a matéria do interior da galáxia.

Você pode explorar estas estruturas na foto destacada, que combina dados do telescópio Hubble (lado esquerdo) com os do James Webb (lado direito). O Hubble observou a galáxia na luz visível, e o Webb, no infravermelho.

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Na imagem do Webb, feita de comprimentos de onda mais longos do infravermelho, foram registrados longos filamentos acima e abaixo do plano galáctico. A equipe que analisou os dados acredita que as estruturas são ventos galácticos se afastando do centro da galáxia.

Aliás, o observatório identificou áreas esverdeadas. Elas indicam lugares com alta concentração de ferro, e grande parte do elemento está presente em remanescentes de supernova. 

A Galáxia do Cigarro

A galáxia Messier 82 fica na constelação da Ursa Maior, a 12 milhões de anos-luz de nós. Apesar de ser relativamente pequena, ela forma estrelas a todo vapor — para comparação, saiba que a M82 cria estrelas 10 vezes mais rápido que a Via Láctea! Por isso, ela já foi observada por diferentes telescópios, como o Spitzer. 

A taxa alta de formação estelar se deve às interações gravitacionais da M82 com a M81, galáxia vizinha. A radiação das estrelas recém-formadas ali abre cavidades nos gases por perto, e depois, o vento galáctico comprime gás suficiente para formar milhões de outras estrelas.

No entanto, o processo não vai durar para sempre. Em algumas dezenas de milhões de anos, a formação estelar vai ficar intensa demais, levando a galáxia a um ponto em que o processo vai consumir ou até destruir os “ingredientes” que serviriam para criar mais estrelas. Quando isso acontecer, não vai mais ser possível formar estrelas ali.

Fonte: APOD