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Destaque da NASA: buraco negro distante é a foto astronômica do dia

Por| Editado por Patricia Gnipper | 10 de Novembro de 2023 às 13h11

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NASA/CXC/SAO/Ákos Bogdán/ESA/CSA/STScI/L. Frattare/K. Arcand
NASA/CXC/SAO/Ákos Bogdán/ESA/CSA/STScI/L. Frattare/K. Arcand

A foto astronômica destacada pela NASA hoje traz Abell 2744, um aglomerado de galáxias massivo dominado pela matéria escura. A nova imagem combina dados dos telescópios James Webb e Chandra, e revela ainda o buraco negro mais distante já observado em raios X.

Também conhecido como Aglomerado de Pandora, Abell 2744 fica a cerca de 3,5 bilhões de anos-luz de nós na constelação Sculptor, o Escultor. Ele é tão massivo que formou uma lente gravitacional, uma distorção no tecido do espaço-tempo que amplia a luz de objetos ao fundo.

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Foi assim que astrônomos descobriram a galáxia UHZ1 a 13,2 bilhões de anos-luz de distância; portanto, nós a vemos como era quando o universo tinha apenas 3% de sua idade atual.

A galáxia aparece indicada na foto, combinando dados das observações de raios X e luz infravermelha, feitas pelo Chandra e James Webb, respectivamente. Os dados revelaram a presença de um buraco negro supermassivo em crescimento no centro da galáxia.

O buraco negro mais distante já visto

As observações dos telescópios mostraram que o buraco negro ali se formou apenas 470 milhões de anos após o Big Bang. Ele está em uma etapa inicial do seu processo evolutivo nunca vista antes, e tem massa semelhante à da sua galáxia.

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A descoberta vai ajudar os cientistas a entenderem como os buracos negros podem se tornar tão massivos em um espaço de tempo curto após o Big Bang. No caso deste objeto, as evidências indicam que ele já era bastante massivo quando se formou.

Além do buraco negro ser massivo e jovem, os raios X produzidos pelos gases ao redor dele e o brilho da galáxia são favoráveis às previsões teóricas feitas por um estudo em 2017, que apontava que buracos negros do tipo nascem do colapso de grandes nuvens gasosas.

Fonte: APOD