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Destaque da NASA: bela Nebulosa da Íris é foto astronômica do dia

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Robert Shepherd
Robert Shepherd

A foto destacada pela NASA nesta quinta (25) traz as nuvens cósmicas de NGC 7023, a Nebulosa da Íris, registradas por Robert Shepherd. Ela pode ser encontrada a 1.300 anos-luz da Terra na direção da constelação de Cepheus, o Cefeu. 

A foto revela as diferentes cores na nebulosa, que se misturam em meio à poeira interestelar que forma sua estrutura. Suas “pétalas” se estendem por aproximadamente seis anos-luz.

Você vai perceber que, no interior desta “flor cósmica”, há poeira cercando uma estrela jovem e quente. Assim, o azul domina a nebulosa, vindo dos grãos de poeira refletindo a luz do astro.

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Já os filamentos centrais da nebulosa mostram um brilho avermelhado discreto. Esta luz vem de alguns grãos de poeira, responsáveis por transformar a luz ultravioleta da estrela em luz visível. 

Através de observações no infravermelho, astrônomos descobriram que a nebulosa contém os chamados hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (ou PAHs, na sigla em inglês), moléculas com carbono e hidrogênio. 

Como estes elementos estão presentes em todo o universo, os cientistas suspeitam que os PAHs sejam um tipo de bloco necessário para a formação da vida como conhecemos.

Nebulosa da Íris

Também chamada de Caldwell 4, a Nebulosa da Íris foi descoberta pelo astrônomo Sir William Herschel em 1794. Apesar de muitas nebulosas emitirem luz própria, esta é uma nuvem cósmica de reflexão, ou seja, suas cores vêm da luz da estrela central dispersa nas partículas de poeira da nebulosa.

Ela é de grande interesse para os cientistas por causa das suas cores. Apesar de o azul dominar sua estrutura, os filamentos avermelhados indicam que ali existe algum composto químico provavelmente baseado nos hidrocarbonetos. Assim, ao estudar nebulosas do tipo, os astrônomos podem aprender mais sobre os ingredientes que, juntos, formam novas estrelas.

Como fica próxima da estrela Polaris, é quase impossível vê-la no hemisfério sul. Para observá-la nos céus do hemisfério norte, é preciso procurar algum local bem escuro, distante das luzes urbanas.

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Fonte: APOD