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Descoberta mostra um universo primitivo diferente do esperado

Por| Editado por Luciana Zaramela | 27 de Junho de 2024 às 14h48

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ESA/NASA/CSA/L. Bradley/A. Adamo/Cosmic Spring
ESA/NASA/CSA/L. Bradley/A. Adamo/Cosmic Spring

O Telescópio Espacial James Webb identificou o que podem ser os primeiros aglomerados de estrelas do cosmos. Os astrônomos detectaram os objetos em uma galáxia localizada no universo primitivo e se surpreenderam com suas características.

Observando uma galáxia chamada Joias Cósmicas, os autores de um novo estudo publicado na revista Nature encontraram cinco aglomerados protoglobulares (grupos de milhões de estrelas unidas pela gravidade) alinhados.

A luz da galáxia percorreu o universo durante 13,240 bilhões de anos, de acordo com o estudo. Isso significa que a imagem observada mostra como o objeto era apenas 460 milhões de anos após o Big Bang.

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Em outras palavras, os pesquisadores analisaram dados de objetos de um período conhecido como amanhecer cósmico, ou Época da Reionização. Nesse período, a radiação das estrelas arrancou os elétrons do gás hidrogênio do universo, levando a uma remodelação fundamental das estruturas galácticas.

Cientistas têm algumas ideias de como era o universo daquela época, mas a nova descoberta mostra que elas talvez não estejam corretas. "O universo primitivo não é nada como esperávamos", disse Angela Adamo, astrônoma da Universidade de Estocolmo e primeira autora do estudo.

Segundo Adamo, "as galáxias [daquela época] são mais luminosas, formam estrelas a uma velocidade vertiginosa e fazem isso em enxames estelares massivos e densos. Estamos construindo uma nova compreensão de como as primeiras galáxias se formaram".

Os aglomerados na Joias Cósmicas são massivos, densos — bem mais que os da Via Láctea — e localizados em uma pequena região de sua galáxia hospedeira. Isso fornece, pela primeira vez, pistas sobre os processos no interior de aglomerados globulares em seus estágios de formação.

Além disso, a descoberta deu “novas informações sobre a possível formação de estrelas muito massivas e precursoras de buracos negros, ambos importantes para a evolução da galáxia”, disse Adamo. Por fim, revela o papel que esses aglomerados desempenharam na reionização do universo.

Fonte: ESA