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Conheça Nüwa, a cidade autossustentável planejada para o futuro de Marte

Por| Editado por Patricia Gnipper | 17 de Maio de 2021 às 22h20

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ABIBOO Studio/SONet
ABIBOO Studio/SONet

O planeta Marte segue como o destino mais certo das futuras missões de exploração espacial, sobretudo quando se pensa nas instalações para colônias humanas. Em um trabalho desenvolvido pela parceria entre a ABIBOO Studio e a Sustainable Offworld Network (SONet), um grupo de cientistas e engenheiros desenvolveu o conceito de uma cidade sustentável no Planeta Vermelho, chamada Nüwa e planejada para abrigar cerca de 250.000 habitantes.

A capital marciana Nüwa foi selecionada como finalista do concurso de projetos de assentamentos viáveis, realizado no ano passado pela Mars Society. O projeto da cidade futurística é liderado pelo astrofísico Guillem Anglada, responsável também por comandar a descoberta do exoplaneta Proxima b. O local pensado para a instalação desta base é a região de Tempe Mensa; trata-se de um terreno íngreme que oferece a oportunidade de criar uma cidade vertical, usando as rochas como protetores da radiação e de eventos meteoritos, e também com acesso indireto à luz solar.

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O número da população inicial seria de cerca de 250.000 pessoas, divididas em cinco outros locais onde serão instaladas pequenas cidades. Por exemplo, a cidade de Abalos estará localizada ao polo norte de Marte — para agilizar o acesso ao gelo de água desta região —, enquanto a cidade chamada Marineris fica no maior cânion do Sistema Solar, no Valle Marineris. O ponto central do projeto é o conceito de autossustentabilidade, ou seja, o assentamento precisa ser capaz de obter todos os recursos no próprio local. Segundo a equipe da ABIBOO, acredita-se que a construção da capital possa começar já em 2054 — realizando a primeira leva de habitantes até 2100.

Em entrevista ao portal Space.com, Anfredo Munoz, arquiteto internacionalmente conhecido envolvido no projeto da cidade de Nüwa, explicou que o conceito foi elaborado por cientistas renomados de diversos campos de conhecimento, combinando as soluções técnicas e científicas com as ideias arquitetônicas inovadores. ”Como podemos criar ambientes atraentes para as pessoas de forma que criem um senso de identidade e pertencimento? Vai além da beleza. É sobre o bem-estar emocional das pessoas que vão curtir e viver naquele espaço”, acrescentou Munoz.

A cidade Nüwa, nome que faz referência à deusa mitológica chinesa que é protetora dos humanos, terá as principais atividades desenvolvidas no interior do penhasco de Tempe Mensa, nos chamados “macro edifícios”. Estas estruturas serão escavadas no interior das rochas, incluindo a abertura de túneis, onde serão instalados os módulos residenciais e de trabalho — tudo interligado por uma rede tridimensional de túneis. No ponto mais alto da falésia, será instalado a infraestrutura necessária para a produção de alimentos e geração de energia, pois as instalações agrícolas dependem do acesso direto à luz solar.

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Na base do penhasco, ficarão grandes pavilhões pensados para a interação social no vale. Serão estruturas transparentes, de maneira a permitir que seus habitantes contemplem as paisagens marcianas, protegendo-os da radiação externas. Outras estruturas como hospitais, escolas e universidades, além de locais para prática esportiva e culturais, comerciais e até mesmo estações de trens serão construídas no Valle Marineris. Segundo Munoz, o uso da inteligência artificial e robótica será crucial para antes e durante a construção da base. “Do jeito que está a indústria de robótica, em mais de 20 anos estaremos mais do que prontos para ter o know-how para iniciar a construção”, disse.

Mesmo com a cidade toda montada em Marte, será necessário que um serviço regular de ônibus espacial seja capaz de dar conta da grande demanda, aproveitando a janela de lançamento ideal para o planeta vizinho a cada 26 meses. A passagem de ida para Nüwa garantirá uma unidade residencial com tamanho de 25 a 32 metros quadrados, e também acesso total às instalações comuns, bem como os serviços de suporte à vida e de alimentação. Ao chegar lá, o novo morador assinará um contrato para que dedica entre 60% a 80% do seu tempo de trabalho em funções atribuídas pela cidade.

A seguir, você confere o conceito das instalações futurísticas da megacidade Nüwa em Marte:

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Fonte: Space.com, ABIBOO, SONet