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Cientistas descobrem um mineral extraterrestre em meteorito australiano

Por| 30 de Dezembro de 2019 às 18h30

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Justin McManus/The Age
Justin McManus/The Age

Cientistas encontraram um novo mineral em um meteorito que caiu na Terra em 1951. Foram quase sete décadas de análises para descobrir a formação, que é apenas uma entre 500.000 a 600.000 minerais existentes na pequena pedra, de aproximadamente 210 gramas.

A composição extraterrestre foi batizada de edscottita, em homenagem ao cosmoquímico Edward Scott, da Universidade do Havaí. A descoberta, entretanto, foi feita na Califórnia. Trata-se de um tipo de carboneto de ferro com cinco átomos de ferro e dois de carbono nunca antes registrado na natureza. Na Terra, a formação pode ser obtida artificialmente a partir da fundição do ferro.

O meteorito que contém o mineral extraterrestre caiu na região de Wedderburn, ao lado da estrada da remota cidade australiana que por muitos anos abrigou uma corrida pelo ouro. O local, que deu nome à rocha, ainda atrai mineiros, mas em número muito menor hoje em dia.

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O artigo que oficializou a edscottita foi publicado pelo mineralogista da Caltech Chi Ma em agosto deste ano e teve reconhecimento da Associação Internacional de Mineralogia. A pedra preta e vermelha original está atualmente com apenas cerca de um terço - 71 gramas - de seu tamanho original, de tanto que foi cortada por estudiosos para analisar sua composição. Ela pertence atualmente à entidade de museus australiana Museus Victoria.

“Descobrimos 500.000 a 600.000 minerais no laboratório, mas menos de 6.000 são produzidos pela própria natureza”, disse o curador de geociências da entidade, Start Mills, que não está ligado ao estudo da Caltech.

De parte de um planeta até Wedderburn

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O cientista planetário Geoffrey Bonning, da Australian National University, que também não esteve envolvido no estudo, acredita que o meteorito se formou no núcleo pressurizado e quente de um planeta antigo, do início do Sistema Solar. Acredita-se que esse planeta pode ter se envolvido em uma colisão com outro, ou com uma lua, ou até mesmo com um asteroide.

Isso teria despedaçado o planeta formador de edscottita, e seus fragmentos se espalharam pelo espaço, de acordo com a teoria de Bonning. Alguns deles possivelmente se misturaram ao Cinturão de Asteroides localizado entre Marte e Júpiter. Milhões de anos depois, a rocha de 210 gramas pode ter se chocado com outro objeto e tomou o rumo que a levou a Wedderburn.

Fonte: The Age