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Chuva de elétrons super-rápidos é enviada à Terra por ondas "sibilantes"

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  |  • 

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NASA
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Uma espécie de chuva de elétrons super-rápidos e energéticos foi descoberta na magnetosfera terrestre. O fenômeno é causado por um tipo de onda eletromagnética que ondula através dos Cinturões de Van Allen. Além de contribuir com as cores da aurora boreal, a chuva também representa riscos para satélites, espaçonaves e astronautas.

Os cinturões de Van Allen são duas regiões localizadas acima do equador terrestre, formadas por partículas carregadas enviadas pelo Sol e carregados até a Terra pelos ventos solares. Essas partículas são prótons e nêutrons do plasma solar e parte delas fica presa nos cinturões.

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Ali, os elétrons viajam em espirais entre os polos norte e sul da Terra. Sob certas condições, ondas “sibilantes” energizam e aceleram esses elétrons, esticando o caminho de viagem das partículas de tal forma que elas “caem” dos cinturões e “chovem” na atmosfera terrestre.

Para descobrir essa chuva de elétrons, os pesquisadores da UCLA combinaram dados da missão ELFIN — uma dupla de pequenos satélites — com observações mais distantes da espaçonave THEMIS, da NASA. Assim, eles determinaram que a chuva pelas ondas sibilantes que ondulam através do plasma no espaço.

Aliás, o apelido das ondas é por causa do som de assovio, que você pode ouvir abaixo. O áudio é o resultado da conversão das ondulações eletromagnéticas observadas em ondas sonoras.

As descobertas são importantes para ajudar na compreensão do clima espacial, que, por sua vez, é fundamental para proteger nossos satélites, naves e astronautas no espaço, assim como os componentes eletrônicos e geradores de energia na superfície terrestre.

Nos modelos atuais de clima espacial, os cientistas não previam esse fluxo extra de elétrons induzido por ondas sibilantes dos Cinturões de Van Allen. Os pesquisadores mostraram que essas chuvas podem aumentar significativamente durante tempestades solares.

À medida que nos aproximamos do máximo solar do ciclo atual de 11 anos, os cientistas monitoram toda a atividade do Sol na tentativa de prever com maior antecedência as tempestades geomagnéticas. Ao adicionar as chuvas de elétrons recém-descobertas aos modelos, há maiores chances de amenizar eventuais danos em nossos equipamentos no futuro.

Fonte: UCLA