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China pode superar EUA como principal nação no espaço entre próximos 5 a 10 anos

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti | 

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Na última terça-feira (16), um novo relatório da Commercial Space Federation alertou que a China pode ultrapassar os Estados Unidos e se tornar a principal potência espacial do mundo em apenas cinco a dez anos. O documento, intitulado Redshift, destaca que o crescimento acelerado do programa espacial chinês contrasta com os cortes históricos no orçamento da NASA, o que coloca os EUA em posição vulnerável na chamada "nova corrida espacial".

De acordo com o relatório, a China vive um momento único em sua história espacial. O país está avançando em várias frentes ao mesmo tempo: construção da estação espacial Tiangong, desenvolvimento de megaconstelações de satélites, criação de foguetes de grande porte e exploração da Lua. Entre as metas mais ambiciosas está o envio de astronautas à superfície lunar até 2030, seguido pela construção de uma base equipada com reator nuclear até 2035.

O país já conta com seis centros de lançamento em operação, o que garante uma capacidade crescente de enviar missões ao espaço. Esse avanço é impulsionado por forte investimento governamental em empresas privadas, que receberam mais de US$ 2,8 bilhões em 2023, valor 17 vezes maior que em 2016.

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Estados Unidos enfrentam cortes e atrasos

Enquanto a China avança, os EUA lidam com desafios significativos. O programa Artemis, que pretende levar astronautas à Lua até 2027, já sofreu atrasos devido a problemas com o foguete Starship da SpaceX. Paralelamente, cortes propostos ao orçamento da NASA comprometem missões de longo prazo e reduzem a capacidade de inovação da indústria espacial americana.

Outro ponto crítico é o futuro da Estação Espacial Internacional (ISS), que deve ser desativada até o fim da década. Sem planos diretos de substituição por parte da NASA, a Tiangong poderá se tornar a única estação estatal em órbita, ampliando ainda mais a influência da China.

O relatório conclui que a China não só está alcançando os EUA, mas ditando o ritmo da corrida espacial. Se nada mudar, Pequim poderá garantir vantagem estratégica na exploração lunar e até em futuras missões a Marte, além de consolidar parcerias globais que reduzem a influência americana no setor.

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Fonte: Redshift, Live Science