Câmara de vácuo quer testar propulsão elétrica em condições similares ao espaço
Por Danielle Cassita | 13 de Julho de 2020 às 13h15
O laboratório de propulsão elétrica da Aerospace Corporation, na Califórnia, instalou recentemente uma nova câmara a vácuo, que será essencial nos estudos dos propulsores de alta potência, necessários nas explorações espaciais que ainda estão por vir. O laboratório é especialista em realizar testes com propulsores elétricos em condições parecidas com as do espaço.
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Quando a câmara estiver em pleno funcionamento, o laboratório deverá ter um bom aumento na quantidade de trabalho. Com isso, será possível oferecer serviços de testes para clientes civis e militares - e, aliás, a NASA já é uma das primeiras na fila. Para Tom Curtiss, diretor do Departamento de Ciência da Propulsão, o desenvolvimento desse projeto vai permitir reduzir os custos de qualificar e desenvolver tecnologias pelos próximos 10 ou 20 anos.
Apesar de ter sido instalada recentemente, a câmara de vácuo pode ser considerada até como mais um dispositivo do arsenal que equipa o laboratório: o Aerospace possui equipamentos para medir o impulso, a velocidade de exaustão e outros dados, para identificar o risco de danos que a aeronave pode sofrer.
Por que a propulsão elétrica?
Um foguete impulsionado por propulsão elétrica dificilmente conseguiria atravessar a atmosfera. Entretanto, no espaço a propulsão elétrica mostra o melhor que tem a oferecer. Por isso, os cientistas precisam confiar que os propulsores terão o desempenho esperado na missão - e é aqui que as câmaras de propulsão elétrica a vácuo entram.
Nelas, bombas criogênicas reduzem a temperatura no interior da câmara e fazem com que o ar fique preso nas laterais dela. Assim, quando o ar acaba, a câmara simula o vácuo do espaço, e a equipe pode testar finalmente os propulsores elétricos.
A propulsão elétrica tem um funcionamento diferente daquele dos propulsores químicos. Ao invés de liberar fogo e fumaça enquanto impulsiona o foguete, ela trabalha a energia elétrica e a ionização de um gás. Embora produza menos impulso do que a propulsão química, ela utiliza o combustível com mais eficiência quando não há gravidade.
Fonte: Aerospace