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Buraco negro expulsa estrela da Via Láctea a uma velocidade absurda

Por| 14 de Novembro de 2019 às 11h17

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Uma estrela está deixando a Via Láctea a uma velocidade impressionante: mais de 6 milhões de quilômetros por hora, o que corresponde a cerca de 1.700 km por segundo. O motivo? O encontro com o buraco negro supermassivo Sagittarius A*, que fica no centro da galáxia.

Essa descoberta é animadora para os astrônomos porque comprova uma teoria de 30 anos atrás, proposta por Jack Hills. Ele previu que buracos negros poderiam lançar estrelas para fora de suas galáxias em velocidades fenomenais, e o processo ficou conhecido como Mecanismo de Hills. Essa é, no entanto, a primeira vez que um evento do tipo é registrado.

Considerando a velocidade atual da estrela, estima-se que ela sairá da Via Láctea em cerca de 100 milhões de anos e passará o resto de sua existência vagando pelo espaço intergaláctico até que se torne uma anã branca.

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Gary Da Costa, astrônomo e professor emérito da Universidade Nacional Australiana em Canberra, realizou um estudo para traçar a trajetória dessa estrela de volta ao centro de nossa galáxia. Ele e seus colegas deduziram que, há 5 milhões de anos, a estrela fazia parte de um sistema binário que passava extremamente perto do Sagittarius A*.

À medida em que as estrelas irmãs giravam na órbita uma da outra, uma delas se aproximou demais do buraco negro. Sua enorme gravidade fez com que essa estrela se tornasse um sistema binário com o próprio buraco negro que, por fim, a devorou. Isso fez com que a gêmea restante, conhecida como S5-HVS1, fosse lançada na direção oposta a uma velocidade extremamente alta.

"Esta estrela está viajando a uma velocidade recorde, 10 vezes mais rápida que a maioria das estrelas da Via Láctea, incluindo o nosso Sol", disse Da Costa. A S5-HVS1 é a terceira estrela mais rápida já medida até hoje, sendo que as outras duas recordistas foram arremessadas em explosões de supernovas. "Excluindo esses casos um tanto especiais, essa estrela é de longe a mais rápida já vista", disse Dougal Mackey, co-autor do estudo publicado no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society

Fonte: The Guardian